Topo
Notícias

Militar suspeito de atuar em minuta golpista pede a Moraes novo depoimento

13.set.2023 - O ministro Alexandre de Moraes, do STF, na abertura dos julgamentos dos atos golpistas de 8/1 - Sergio Lima/AFP
13.set.2023 - O ministro Alexandre de Moraes, do STF, na abertura dos julgamentos dos atos golpistas de 8/1 Imagem: Sergio Lima/AFP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

03/04/2024 16h57Atualizada em 03/04/2024 17h40

A defesa do tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira de Araújo Júnior, suspeito de ajudar na elaboração de uma minuta golpista no governo Bolsonaro, pediu ao ministro Alexandre de Moraes que determine um novo depoimento do militar à PF (Polícia Federal). A informação foi noticiada pelo Metrópoles e confirmada pelo UOL.

O que aconteceu

A petição foi enviada a Moraes, relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quarta-feira (3). A defesa recorreu à Suprema Corte após não conseguir um novo depoimento em pedidos enviados diretamente à PF no mês passado.

O tenente-coronel ficou em silêncio quando foi convocado a depor na PF em fevereiro.

Ronald quer fazer esclarecimento à PF, segundo a defesa. Em nota divulgada na época em que pediu um novo depoimento à PF, a defesa de Ronald havia dito que quer esclarecer à Polícia Federal "que ele não tem de qualquer forma, seja no que for, participação em ilícitos contra ninguém ou contra o Estado democrático de direito".

Em 14 de março, a PF negou o pedido de novo depoimento, de acordo com os advogados. "Não há previsão para realização de audiência com o Sr. RONALD FERREIRA DE ARAÚJO JÚNIOR", e que, "[c]aso haja necessidade de ouvi-lo dentro dos autos faremos contatos e alinharemos uma data [...]", respondeu a PF, segundo nota divulgada pela defesa após a publicação desta matéria.

No dia 28 de março, os advogados afirmam que sugeriram o dia 24 de maio como nova data para o depoimento, mas a PF não respondeu.

O tenente-coronel é um dos que teriam auxiliado Bolsonaro na elaboração de uma minuta para decretar um golpe de Estado, segundo a PF. Ele é investigado, como outros ex-integrantes do governo Bolsonaro, pelo crime de tentativa de abolir o Estado democrático de direito.

O texto que embasaria o golpe teria sido apresentado ao ex-presidente. Bolsonaro, então, teria chamado os comandantes das Forças Armadas para uma reunião, em uma tentativa de angariar apoio.

Notícias