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Japão coloca seu módulo SLIM em repouso depois de sobreviver à noite lunar

02/03/2024 00h54

O módulo SLIM do Japão foi colocado em repouso depois de sobreviver à longa e fria noite lunar contra todas as probabilidades, disse a agência espacial do país, que tentará colocá-lo novamente em operação no final deste mês. 

O módulo SLIM (Smart Lander for Investigating Moon) pousou na Lua em janeiro de forma inclinada, o que deixou seus painéis fotovoltaicos voltados para uma direção em que não recebiam luz solar. 

Quando o ângulo da luz solar mudou, ele se reativou por dois dias e realizou observações científicas de uma cratera com uma câmera de alta definição. 

Esta semana, a sonda, que "não foi projetada para as duras noites lunares" com temperaturas de -133 ºC, foi reativada de surpresa após duas semanas inoperante.

"SLIM entrou em repouso novamente quando o sol se pôs às 03h00 (horário do Japão) do dia 1º de março", publicou a agência aeroespacial japonesa JAXA na rede X, junto com a imagem da superfície lunar rochosa tirada pelo módulo. 

"Embora a possibilidade de falha aumente devido a ciclos severos de temperatura, tentaremos ativar as operações de SLIM novamente quando a luz solar retornar no final de março", observou a JAXA. 

O anúncio ocorre depois que o módulo de pouso lunar Odysseus se tornou a primeira espaçonave privada a ser colocada no satélite terrestre.

A sonda americana enviou sua última imagem na quinta-feira, antes que suas baterias acabassem.

O módulo SLIM, apelidado de "Lunar Sniper" por sua tecnologia de pouso de precisão, pousou com sucesso na Lua em 20 de janeiro, a 55 metros de seu alvo. 

O Japão tornou-se assim o quinto país a pousar com sucesso no satélite da Terra, depois de Estados Unidos, União Soviética, China e Índia. 

Mais de meio século depois de humanos pisarem pela primeira vez no solo lunar, em 1969, com uma missão dos Estados Unidos, o satélite da Terra volta a ser alvo de inúmeros projetos. 

Os Estados Unidos querem enviar novamente astronautas à Lua com o seu programa Artemis, que visa construir uma base permanente no satélite. A China tem propósitos semelhantes.

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© Agence France-Presse

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