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Aviões militares dos EUA começam a enviar ajuda para Gaza

02/03/2024 11h45

Três aviões militares de carga americanos, em colaboração com a Jordânia, lançaram alimentos na Faixa de Gaza neste sábado (2), confirmaram porta-vozes militares, enquanto o território palestino enfrenta uma crise humanitária crescente após meses de conflito. 

"O Comando Central dos Estados Unidos e a Real Força Aérea da Jordânia realizaram um lançamento aéreo combinado de assistência humanitária em Gaza em 2 de março de 2024, entre as 15h00 e as 17h00 (no horário de Gaza), para fornecer ajuda essencial aos civis afetados pelo conflito em andamento", disse em comunicado o Comando Central dos EUA (CentCom).

Os aviões militares de carga C-130 "lançaram mais de 38.000 refeições ao longo da costa de Gaza, permitindo o acesso civil à ajuda crítica", indicou o texto.

A operação havia sido confirmada pouco antes à AFP por um alto funcionário militar, que falou sob condição de anonimato.

Os aviões lançaram "66 pacotes no total de refeições sem carne de porco", explicou o responsável, acrescentando que ainda não tem números sobre a tonelagem total lançada.

O presidente Joe Biden anunciou na véspera que os Estados Unidos começariam a transportar suprimentos aéreos para Gaza, após a morte de mais de 100 palestinos em um ataque israelense enquanto cercavam um comboio de ajuda na quinta-feira. 

Nesse incidente, dezenas de palestinos desesperados morreram enquanto corriam para chegar a um comboio no norte de Gaza, sob cerco militar desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, e onde a ONU alertou para uma crise humanitária e uma fome severa.

Biden pressionou Israel para reduzir o abatimento de civis e permitir a entrada de ajuda na Faixa de Gaza, embora tenha mantido a assistência militar para esse tradicional aliado dos Estados Unidos.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, afirmou na sexta-feira (1º) que os EUA planejam realizar vários lançamentos aéreos nas próximas semanas.

Algo que foi descrito como uma "difícil operação militar", que exigiu um planejamento cuidadoso por parte do Pentágono para a segurança tanto dos civis de Gaza quanto dos militares americanos.

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© Agence France-Presse

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