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Hamas acusa Israel de matar mais de 100 em entrega de comida

29/02/2024 12h45

ROMA, 29 FEV (ANSA) - A morte de dezenas de palestinos durante uma distribuição de ajudas humanitárias na Faixa de Gaza nesta quinta-feira (29) pode complicar as já intrincadas negociações entre Hamas e Israel para um cessar-fogo temporário.   

Segundo o grupo fundamentalista islâmico, pelo menos 104 pessoas foram mortas por forças israelenses e 760 ficaram feridas enquanto esperavam em uma fila por alimentos na Cidade de Gaza, principal município do enclave e devastado nas primeiras semanas do conflito.   

"As negociações conduzidas pela liderança do movimento não são um processo aberto a despeito do sangue do nosso povo", alertou um comunicado do Hamas, que já culpa Israel por um eventual fracasso das tratativas.   

No entanto, um porta-voz militar do país judeu disse que palestinos "cercaram" e "saquearam" caminhões de ajuda no norte de Gaza e colocaram tropas israelenses em risco.   

"No incidente, dezenas de pessoas foram pisoteadas pela multidão", afirmou o Exército, acrescentando que os soldados "dispararam contra quem cercava" o comboio. Além disso, as forças israelenses divulgaram um vídeo que mostra pessoas circundando os caminhões.   

Já o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, de extrema direita, cobrou o fim da distribuição de ajudas humanitárias em Gaza. "Hoje ficou provado que isso não é apenas loucura enquanto nossos reféns continuam na Faixa, mas também prejudica os soldados do Exército", declarou.   

O governo dos Estados Unidos, por sua vez, definiu o episódio como "incidente grave" e lamentou a "perda de inocentes vidas humanas" no enclave palestino. (ANSA).   

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