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Mãe, filha e genro: quem são os presos pela PF por suspeita de tráfico

do UOL

Do UOL, em São Paulo

24/02/2024 12h35

Os seis presos nesta semana na operação Kariri, da Polícia Federal, que investiga suposta organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, em Feira de Santana (BA), são da mesma família. Rener Manoel Umbuzeiro, acusado de liderar o grupo, foi morto durante a ação policial. Ele teria reagido à abordagem dos policiais.

Veja quem são os presos:

Larissa Gabriela Lima Umbuzeiro

Larissa e o marido Paulo - Reprodução/Instagram/@dra.larissaulima - Reprodução/Instagram/@dra.larissaulima
Larissa e o marido Paulo
Imagem: Reprodução/Instagram/@dra.larissaulima

É filha de Rener. Médica, ela foi presa em São Paulo. Nas redes sociais, Larissa exibe seu dia a dia de trabalho, na área da dermatologia, embora a consulta no CFM (Conselho Federal de Medicina) mostre que ela não tem especialidade registrada. Ela também compartilha viagens e fotos ao lado do marido, que também foi alvo da operação.

Larissa sabia que recursos utilizados para aquisição de imóveis eram fruto de atividades ilícitas e para a lavagem de dinheiro, segundo as investigações. A reportagem tenta localizar a defesa dela. O espaço está aberto para manifestação.

Paulo Victor Bezerra Lima

Paulo Victor, marido de Larissa e genro de Rener Umbuzeiro - Reprodução/Instagram/@paulovlima - Reprodução/Instagram/@paulovlima
Paulo Victor, marido de Larissa e genro de Rener Umbuzeiro
Imagem: Reprodução/Instagram/@paulovlima

Genro de Rener, é casado com Larissa. Ele foi preso em Feira de Santana (BA). Ao jornal Folha de S.Paulo, o advogado dele disse que seu cliente é uma "pessoa de reconhecida conduta ilibada", que confia na Justiça e que, no momento oportuno, ficará demonstrada a inocência.

Nas redes sociais, Lima coleciona fotos de viagens, praticando esportes e ao lado da esposa. Em uma das postagens, ele e Larissa aparecem junto com Neymar em uma festa. O momento faz parte do documentário sobre o jogador na Netflix.

Niedja Maria de Lima Souza

Niedja e a filha Larissa - Reprodução/Instagram/@niedja_resende - Reprodução/Instagram/@niedja_resende
Niedja e a filha Larissa
Imagem: Reprodução/Instagram/@niedja_resende

Esposa de Rener, é mãe de Larissa e de mais dois meninos. Discreta, Niedja tem perfil fechado nas redes sociais. Segundo as investigações, assim como Larissa, Niedja tinha conhecimento de que os recursos utilizados para aquisição de imóveis eram fruto de atividades ilícitas. As autoridades apontam que ela e a filha se mobilizavam para ocultar o patrimônio e as transações financeiras da família.

Três parentes de Niedja também foram presos. Segundo a Folha, são a irmã Clênia Maria Lima Bernardes, a sobrinha Gabriela Raizila Lima de Souza e a prima Robelia Rezende de Souza. Robelia teve a prisão convertida em domiciliar após a audiência de custódia. Não há detalhes de qual seria a participação delas na suposta organização criminosa. Ao jornal, o advogado responsável pela defesa de Niedja e Robelia, afirmou que não comentaria a investigação, que está em segredo de Justiça. A reportagem não conseguiu contato com as defesas de Clênia e Gabriela. O espaço está aberto para manifestação.

Justiça bloqueou bens avaliados em R$ 50 mi da família

Entre os bens bloqueados, estão seis imóveis de alto padrão e cinco fazendas, localizados na Bahia e em Pernambuco. A investigação da PF começou em 2019 e resultou em três flagrantes, durante os quais foi apreendida mais de uma tonelada de maconha. Os investigadores conseguiram identificar o responsável pela organização e toda a cadeia de lavagem de capitais, afirma a PF.

A família morava em Pernambuco, mas se mudou para Feira de Santana e ali teria iniciado a atividade criminosa. O dinheiro obtido com o tráfico era usado para comprar imóveis de alto valor, alguns deles registrados em nome de parentes que não atuavam diretamente na quadrilha, mas ajudavam a ocultar a renda proveniente da atividade criminosa. O rastreio do dinheiro pela PF permitiu concluir que ao menos cinco fazendas pertencentes ao principal alvo da investigação estão registradas em nome de terceiros.

*Com Estadão Conteúdo

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