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Ataques de 7 de Outubro em Israel tiveram violência sexual sistemática e premeditada

21/02/2024 18h42

Os ataques realizados pelo Hamas em 7 de outubro em Israel foram marcados por uma onda de violência sexual sistemática e premeditada, segundo relatório de uma organização israelense divulgado nesta quarta-feira (21).

Os funcionários israelenses acusam o Hamas de ter multiplicado as agressões sexuais, incluindo os estupros e mutilações genitais, o que o movimento palestino negou.

O número escasso de relatos diretos e públicos de sobreviventes e a falta de perícias forenses não permitiram até o momento estabelecer um quadro claro sobre essas denúncias.

O relatório da Associação de Centros de Ajuda às Vítimas de Estupro em Israel (ARCCI), que dirige centros de luta contra a violência sexual em todo o país, descreve esses abusos como parte integrante dos ataques de 7 de outubro e ressalta "as semelhanças" em todos os ataques - contra o festival de música, os kibutzim, as bases militares e as pessoas sequestradas.

A violência sexual ocorreu "sistemática e deliberadamente contra os civis israelenses", destaca o relatório, baseado em depoimentos e entrevistas de testemunhas. O texto menciona "estupros, muitos deles coletivos, sob a mira de uma arma", e cita um sobrevivente do ataque ao festival de música, que descreve "um apocalipse de corpos, de meninas nuas, às vezes na parte de cima do corpo, às vezes na de baixo".

No kibutz Beeri, onde 90 habitantes morreram, socorristas disseram que encontraram "corpos com sinais de agressão sexual". Também foram registradas agressões sexuais nas bases militares atacadas, acrescenta o relatório, que cita um soldado que afirma ter visto dez corpos de militares com sinais claros de violência sexual.

Os reféns que já foram libertados também denunciaram agressões sexuais. Chen e Agam Goldstein, soltos após 51 dias, disseram que cruzaram com "três reféns agredidas sexualmente em cativeiro".

O relatório, que inclui descrições muitas vezes escabrosas, também menciona mutilações de vítimas, incluindo homens.

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© Agence France-Presse

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