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Irã condena tio de Mahsa Amini a mais de cinco anos de prisão

O túmulo de Mahsa Amini foi vandalizado - Reprodução/Redes Sociais
O túmulo de Mahsa Amini foi vandalizado Imagem: Reprodução/Redes Sociais

13/02/2024 13h11Atualizada em 13/02/2024 14h15

As autoridades iranianas condenaram o tio da jovem Mahsa Amini —cuja morte sob custódia policial provocou protestos em 2022 —a mais de cinco anos de prisão, acusado por críticas e propaganda contra o governo, informaram grupos de direitos humanos nesta terça-feira (13).

Safa Aeli, de 30 anos, foi condenado a cinco anos e quatro meses de prisão pelo tribunal revolucionário da cidade de Saqqez, no noroeste do Irã, região natal de sua família, anunciaram as organizações Hengaw e Human Rights Activists News Agency (HRANA).

Citando o advogado da família, Saleh Nikbakht, o grupo HRANA informou que parte desta pena está suspensa e que Safa Aeli deverá cumprir um total de três anos e seis meses de reclusão.

As acusações contra ele incluem participação em manifestações para perturbar a segurança interna, disseminação de propaganda antigovernamental e insultos ao líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

Safa Aeli é tio de Mahsa Amina, uma jovem iraniana curda de 22 anos morta em setembro de 2022, três dias após ter sido presa pela polícia da moral por supostamente violar o rígido código de vestimenta do país. O incidente gerou uma grande onda de protestos no Irã.

Sua família e ativistas dos direitos humanos afirmam que ela foi espancada até a morte, o que as autoridades negam.

As manifestações, que duraram várias semanas, foram dissolvidas por meio da repressão, levando à morte de centenas de pessoas e a milhares de detenções, segundo a ONU e outras ONGs.

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