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Exército: 'Providências' contra alvos da PF dependem de decisões judiciais

Polícia Federal realizou operação que investiga uma tentativa de golpe de Estado - Divulgação
Polícia Federal realizou operação que investiga uma tentativa de golpe de Estado Imagem: Divulgação
do UOL

Do UOL, em São Paulo

12/02/2024 22h24Atualizada em 12/02/2024 22h45

O Exército brasileiro declarou que as "providências" contra os alvos de operação da PF serão tomadas somente quando necessárias e partir de decisões judiciais. Além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ação policial mirou também militares.

O que aconteceu

Exército diz colaborar com as autoridades policiais nas investigações. Na nota, o Exército não comentou sobre a abertura de apurações disciplinares.

Instituição ainda declarou primar pela "legalidade e harmonia entre os demais entes da República". No texto, o Exército acrescentou que as investigações da operação deflagrada na última semana, denominada Tempus Veritatis (hora da verdade, em tradução do latim), estão a cargo apenas de inquérito determinado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e conduzido pela PF.

As providências, quando necessárias, serão tomadas em conformidade com as decisões jurídicas acerca do assunto.
Nota divulgada pelo Exército

PF mirou Bolsonaro e ex-ministros em operação

Operação da PF apura uma suposta organização criminosa que teria tentado um golpe para manter Bolsonaro na presidência. Os agentes cumpriram 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva.

Foram presos na quinta (8) os ex-assessores de Bolsonaro coronel Marcelo Costa Câmara e Filipe Martins, além do major Rafael Martins de Oliveira. O outro alvo, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, estava nos Estados Unidos e foi preso no domingo (11), ao desembarcar em Brasília.

Ex-presidente e ex-ministros, como Augusto Heleno, Anderson Torres e Braga Netto, estão proibidos de manter contato uns com os outros. Bolsonaro também entregou o documento à PF.

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) criticou a apreensão do passaporte do ex-presidente e argumentou que ele sempre esteve à disposição da Justiça. "A medida se mostra absolutamente desnecessária e afastada dos requisitos legais e fáticos que visam garantir a ordem pública e o regular andamento da investigação, os quais sempre foram respeitados", diz a nota.

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