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Irã pede exclusão de Israel da ONU no 45º aniversário da revolução islâmica

11/02/2024 08h48

O presidente do Irã pediu, neste domingo (11), a exclusão de Israel da ONU, durante a celebração do 45º aniversário da revolução islâmica no seu país, comemorado com comícios em Teerã e em outras grandes cidades. 

O apoio à causa palestina e à luta do Hamas contra Israel na Faixa de Gaza, juntamente com as críticas aos países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, foi o tema principal das cerimônias tradicionais por ocasião do aniversário da revolução de 1979. 

"Propomos excluir a entidade sionista das Nações Unidas", declarou o presidente Ebrahim Raisi, referindo-se a Israel, um país que o Irã não reconhece.

"O que está acontecendo hoje em Gaza é um crime contra a humanidade, e os apoiadores deste regime criminoso são os Estados Unidos e alguns países ocidentais", acrescentou durante um discurso a milhares de pessoas reunidas na Praça Azadi ("Liberdade"), na capital.

O presidente Raisi acusou Israel de ter "violado 400 declarações, resoluções e acordos" assinados dentro de "organizações internacionais".

O Irã é um dos principais apoiadores do Hamas na guerra desencadeada em 7 de outubro por um ataque sem precedentes do movimento islamista palestino no sul de Israel, que deixou mais de 1.160 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses. 

Em represália, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, que considera uma organização terrorista.

O Exército israelense lançou uma ofensiva que matou mais de 28 mil pessoas em Gaza, a grande maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamista, no poder no território desde 2007. 

Na Praça Azadi, em Teerã, os reunidos seguravam retratos do "líder supremo", o aiatolá Ali Khamenei; do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini, e do popular general Qasem Soleimani, morto em um ataque do Exército dos EUA a Bagdá, em janeiro de 2020.

E entoavam os slogans "abaixo os Estados Unidos", "abaixo Israel" e "abaixo o Reino Unido", principais adversários da República Islâmica desde 1979.

rkh-jri/anr/acc/zm/aa

© Agence France-Presse

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