Forno que assou 1ª pizza margherita é aceso após 134 anos
NAPOLES, 11 DEZ (ANSA) - O forno usado para assar a primeira pizza margherita "oficial" da Itália, oferecida à rainha Margherita durante sua visita a Nápoles em 1889, foi aceso novamente após 134 anos.
A cerimônia ocorreu por ocasião da celebração dos seis anos do reconhecimento da "Arte dos Pizzaiolos Napolitanos" pela Unesco como Patrimônio Imaterial da Humanidade em dezembro de 2017.
O antigo forno do Real Bosco, de Capodimonte, cidade na região do Lazio, foi reacendido no Giardino Torre, onde foi produzida a primeira pizza margherita.
A história, que já virou lenda, diz que foi o pizzaiolo italiano Raffaele Esposito, convocado ao Palácio Real, que preparou três pizzas diferentes: a mais antiga - com banha, manjericão, pecorino e pimenta - , uma marinara e outra em homenagem às cores da bandeira italiana e a mais popular que levava o nome da rainha na época.
Atualmente, o local, considerado um antigo pomar real, conta com belas torres e foi aberto ao público depois de um longo e cuidado projeto de recuperação e restauro arquitetônico e botânico.
O "Giardino di Delize dei Borbone" voltou ao seu esplendor original no verão passado, se tornando um ambiente de lazer e um lugar onde é possível saborear pizzas históricas.
"Lugar simbólico do nosso projeto, o grupo empresarial Delizie Reali, vencedor do concurso europeu, trabalhou a botânica para salvar aquele patrimônio. Caminhar por um jardim histórico é uma experiência cultural. Uma criança educada nesta floresta terá outra vida. É minha crença e funcionou", explicou Sylvain Bellenger, diretor do museu.
Já a administradora do Delizie Reali, Nunzia Petrecca, explicou que uma pesquisa histórica e artística foi feita para melhor expressar a vocação do novo local. "O grande desafio é tornar tudo isto produtivo".
A visita ao local também contou com a presença do prefeito de Nápoles, Gaetano Manfredi, que definiu o espaço como "uma cidade dentro da cidade". "Este também era o lugar mais avançado tecnologicamente da época. Agora o grande sonho se tornou realidade, espero que no futuro haja o mesmo cuidado que foi levado Bellenger", concluiu. (ANSA).
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