Polícia diz que ministro de Lula foi confundido em acusação de racismo
A Polícia Civil descartou a hipótese de que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, tenha feito ofensas racistas a uma camareira hoje na cidade do Rio de Janeiro.
O que aconteceu
A mulher que trabalhava num apart-hotel no Leblon confundiu a identidade do autor das ofensas. Foi essa a conclusão a que chegaram os investigadores da 14ª DP.
A vítima relata que estava trabalhando quando um homem a chamou de "macaca". Segundo o depoimento, o acusado, identificado pela polícia como Marcos José Pieroni, se apresentou como proprietário do apartamento. Mas, na verdade, o homem é o administrador do imóvel. Ele é dono da M. C. Empreendimentos Imobiliários e Turismo, que presta esse serviço.
Mauro Vieira é o dono do apart-hotel, por isso a confusão. Depois das ofensas racistas, a camareira procurou na listagem do hotel o nome do proprietário, e lá consta como sendo Mauro Vieira. Ela foi à 14ª DP, no Leblon, fazer um boletim de ocorrência.
Segundo os delegados, a mulher nunca tinha visto uma foto do ministro e, portanto, não percebeu o engano.
Ao acessar as imagens da câmera do hotel, a Polícia percebeu a confusão. No reconhecimento facial, ela confirmou que não se tratava do ministro.
Mauro Vieira não estava no local no momento da ocorrência. O Itamaraty informou à coluna de Lauro Jardim, de O Globo, que o ministro não vai ao seu apart-hotel há cerca de dois meses. E que no horário em que teriam acontecido as ofensas (por volta das 11h30 de hoje), Vieira estava dando uma entrevista em seu outro apartamento, em Copacabana, acompanhado de quatro assessores.
A investigação por injúria racial segue, e Marcos José Pieroni ainda vai ser ouvido pela polícia. Foram colhidos os depoimentos da mulher e de colegas de trabalho nesta sexta.
A polícia não informou o que o administrador fazia no local, já que o imóvel está em obra. O UOL tenta localizar o acusado, e o texto será atualizado em caso de manifestação.
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