Trump vai recorrer de decisão contra pedido de imunidade em caso eleitoral
Por Andrew Goudsward
WASHINGTON (Reuters) - O ex-presidente dos EUA Donald Trump indicou, nesta quinta-feira, que irá recorrer da decisão de uma juíza dizendo que ele não tem imunidade no processo federal em que é acusado de ações ilegais na tentativa de reverter a derrota nas eleições de 2020.
A juíza distrital Tanya Chutkan rejeitou em 1º de dezembro a tentativa de Trump de encerrar o caso, não encontrando nenhum apoio legal para a posição defendida por seus advogados, de que ex-presidentes não podem enfrentar acusações criminais por conduta relacionada às suas responsabilidades oficiais.
Um tribunal federal de recursos, e potencialmente a Suprema Corte dos EUA, irão agora avaliar a questão, o que poderá levar a atrasos no julgamento, que está atualmente agendado para começar em março.
Os advogados de Trump, em um processo judicial separado, argumentaram que todo o caso deveria ser automaticamente suspenso até que o recurso fosse resolvido.
Os promotores acusaram Trump de tentar obstruir o Congresso e fraudar o governo dos EUA por meio de esquemas para reverter sua derrota para o democrata Joe Biden em 2020.
O procurador especial Jack Smith está conduzindo o processo contra Trump, o favorito à indicação republicana para desafiar Biden nas eleições de 2024. É uma das quatro acusações criminais que Trump enfrentou este ano. Trump se declarou inocente em todos os quatro casos.
A equipe de Smith argumentou que as reivindicações de imunidade de Trump colocariam indevidamente os presidentes dos EUA acima da lei. Um porta-voz de Smith se recusou a comentar o plano de Trump de recorrer.
Já um porta-voz da campanha de Trump disse em comunicado que o ex-presidente “tem imunidade absoluta de processos e litígios, por cumprir seus deveres juramentados e solenes como presidente”.
Trump acusou os promotores de tentarem prejudicar sua campanha.
(Reportagem de Andrew Goudsward e Kanishka Singh)
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