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'Professor': quem é o foragido suspeito de trazer armas da Europa para o CV

Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, integrante do Comando Vermelho - Reprodução
Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, integrante do Comando Vermelho Imagem: Reprodução
do UOL

Colaboração para o UOL

06/12/2023 14h43

A Polícia Federal deflagrou, na terça-feira (5), uma operação contra o tráfico internacional de armas. Entre os alvos estava Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor. O homem de 36 anos é apontado como o responsável pela aquisição e transporte de fuzis e pistolas para o CV (Comando Vermelho), maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

Quem é o Professor

O criminoso é apontado como um dos chefes do tráfico de drogas no Complexo do Alemão. A comunidade é dominada pelo CV.

Professor já havia sido preso em março de 2015. Condenado a 14 anos de prisão, ele recebeu o benefício da Visita Periódica ao Lar e nunca mais voltou, em setembro de 2018. Desde então, é considerado foragido.

Ele também é apontado como um dos "donos" da favela da Fazendinha, que fica dentro do Complexo do Alemão. Como é procurado pela polícia, ele não deixa a região há três anos, segundo as autoridades.

Na operação de terça, Professor era um dos alvos com mandado de prisão expedido pela Justiça. A polícia, porém, não conseguiu prendê-lo —entrar na favela para procurá-lo é considerada uma operação de alto risco.

O que a operação da PF descobriu

A Operação, batizada de Dakovo, teve como alvo um esquema que trazia armas da Europa e distribuía os equipamentos a bandidos na América do Sul.

Segundo as investigações, uma empresa sediada no Paraguai seria responsável pela importação de milhares de pistolas, fuzis e munições. Os equipamentos vinham da Croácia, da Turquia, da República Tcheca e da Eslovênia.

No Paraguai, as armas eram raspadas e revendidas a intermediários que atuavam na fronteira.

A estimativa é de que, desde o início das investigações, a empresa importou cerca de 43 mil armas, movimentando R$ 1,2 bilhão.

Segundo a PF, o argentino Diego Hernan Dirísio era o responsável por importar as armas. Já o Professor comprava as armas para uso do Comando Vermelho, de acordo com as investigações.

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