Time de basquete vive limbo em Israel com atletas estrangeiros se negando a voltar
Por Steven Scheer
JERUSALÉM (Reuters) - Com a temporada já atrasada em dois meses em razão da guerra, a liga profissional de basquete de Israel começa nesta segunda-feira, mas o Hapoel Jerusalem está enfrentando dificuldades para formar uma equipe depois que seus sete estrangeiros decidiram não voltar ao país por receio com a segurança.
A temporada começou no dia 6 de outubro, mas foi interrompida no dia seguinte, quando homens armados do Hamas atacaram Israel, causando uma guerra na Faixa de Gaza.
Autoridades de segurança deram autorização para a retomada das partidas em arenas com menos de 1.000 pessoas, incluindo jogadores, torcedores e imprensa.
Os jogos “em casa” do Hapoel em novembro, pela Liga dos Campeões da Europa de Basquete, foram realizados sem torcida em Belgrado, onde o rival Maccabi Tel Aviv geralmente manda suas partidas pela Euroliga. O Hapoel venceu três confrontos e perdeu um no torneio e precisa de mais um triunfo para avançar de fase.
Com a temporada israelense prevista para retornar na terça-feira, os jogadores deveriam ter voltado ao país na semana passada. Mas atletas norte-americanos, liderados por Levi Randolph, e também o técnico sérvio Aleksandar Dzikic, optaram por ficar em Belgrado depois da ocorrência de um atentado a tiros do Hamas em Israel, na quinta-feira, no qual quatro israelenses morreram.
“Os jogadores expressaram sua grande preocupação com as condições de segurança em Israel e afirmaram que não se sentem seguros em jogar em Israel na próxima semana”, afirmou a equipe em comunicado, no sábado.
Assim, o clube atuará sem os seus estrangeiros em suas duas partidas pela liga doméstica nesta semana. Os próximos jogos pela liga europeia ocorrerão em 13 e 20 de dezembro.
(Reportagem de Steven Scheer)
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