Líderes europeus estão em Kiev para demonstrar apoio à Ucrânia
Nesta terça-feira (21), data do 10º aniversário da revolução de Maidan, movimento que marcou a aproximação da Ucrânia com a Europa e que gerou sanções por parte da Rússia, líderes europeus estiveram em Kiev para reforçar o apoio ao país após quase dois anos de guerra.
Nesta terça-feira (21), data do 10º aniversário da revolução de Maidan, movimento que marcou a aproximação da Ucrânia com a Europa e que gerou sanções por parte da Rússia, líderes europeus estiveram em Kiev para reforçar o apoio ao país após quase dois anos de guerra.
Como sinal deste apoio, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, anunciou nova ajuda militar ao país no valor de € 1,3 bilhão, que se soma aos US$ 100 milhões prometidos por Washington no dia anterior. Após a chegada, na segunda-feira (20), do Secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, é a vez de Pistorius e do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, desembarcarem em Kiev para garantir a assistência dos demais países do bloco.
Segundo o ministro alemão, a ajuda de Berlim inclui quatro novos sistemas de defesa aérea Iris-T SLM e munições de artilharia, de que a Ucrânia necessita urgentemente.
"Estou aqui novamente, em primeiro lugar para prometer apoio adicional, mas também para expressar a nossa solidariedade e a nossa admiração pela luta corajosa e dispendiosa que está sendo travada aqui", disse Pistorius depositando flores na praça Maidan, no centro da capital ucraniana.
Tais ações devem tranquilizar Kiev, que teme um menor empenho de seus aliados, o que beneficiaria a Rússia, cuja economia tem sido orientada na manutenção da guerra.
Sem concessões
As preocupações ucranianas são ainda mais latentes à medida que a atenção internacional é monopolizada pela guerra entre Israel e o Hamas, com a divisão do Congresso americano e da UE sobre a ajuda contínua à Ucrânia. Estes receios, quase dois anos após o início da invasão russa, surgem também num momento em que a grande contraofensiva ucraniana, lançada em junho, fracassou na libertação de grande parte dos territórios ocupados no leste e no sul. Kiev, no entanto, garante que pode vencer se a ajuda militar ocidental continuar.
Segundo o Estado-Maior ucraniano, nada menos que 100 mil soldados de Kiev foram treinados no Ocidente e os pilotos começaram a praticar o manejo de aviões F-16, cujo fornecimento deverá ajudar o país a desafiar a supremacia aérea russa.
Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, destacou na terça-feira o 10.º aniversário do início da revolução pró-ocidental de Maidan, afirmando que esta revolta popular foi a "primeira vitória" contra a Rússia. O movimento, que denunciou o regime corrupto pró-Rússia, derrubou o então presidente Viktor Yanukovych do poder após este ter tentado reprimir o protesto à força.
Vladimir Putin, que considera a revolução de Maidan como um golpe de estado orquestrado no Ocidente para enfraquecer a Rússia, anexou posteriormente a Crimeia e organizou uma guerra separatista no leste da Ucrânia. Oito anos depois, ele lançou a invasão em grande escala do país, em fevereiro do ano passado.
Zelensky alertou também os aliados ocidentais contra qualquer tentativa de fazer negócios com a Rússia: se "o mundo civilizado começar (...) a fazer concessões aos tiranos, todos perderemos".
Batalha do Dnipro
O Exército russo continua atacando a Ucrânia. Dois civis foram mortos num ataque noturno com drones e mísseis contra um hospital e um edifício de mineração no leste, anunciaram as autoridades ucranianas na terça-feira. Por sua vez, o Exército ucraniano tenta ganhar terreno na margem esquerda do rio Dnipro, área ocupada pelos russos na região sul de Kherson.
No domingo, a Ucrânia afirmou ter conseguido fazer o exército russo recuar diversos quilômetros nesta área, o primeiro sucesso após meses de contraofensiva mal sucedida.
Shoigu também foi contrariado por influenciadores russos pró-Kremlin. A conta Rybarno escreveu no Telegram, na terça-feira, aos seus 1,2 milhão de assinantes, que as forças ucranianas, na margem esquerda do Dnipro, tinham tomado um maciço florestal adicional perto de Krynky, a sua principal ponte, e estavam conseguindo ganhar o controle e reabastecer. A conta também relata operações mais a oeste, perto de Gola Prystan.
(Com informações da AFP)
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