Fazenda: projeção para IPCA em 2023 passa de 4,85% para 4,66%
O Ministério da Fazenda revisou para baixo a projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 - enquanto que, para 2024, a expectativa para o índice subiu. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da Secretaria de Políticas Econômicos (SPE), divulgada nesta terça-feira, 21, a estimativa neste ano passou de 4,85% para 4,66%, abaixo do teto da meta estipulado para 2023, que é de 4,75%.
Já para 2024, a estimativa de IPCA foi de 3,40% para 3,55%. O último boletim macrofiscal da SPE havia sido divulgado em setembro.
No documento, a SPE argumenta que, em relação a este ano, o processo de desinflação ocorreu mais rápido do que o inicialmente projetado, principalmente para os componentes subjacentes, levando a inflação para dentro do intervalo proposto pelo regime de metas já em 2023.
Mas, para o próximo ano, a estimativa para inflação medida pelo IPCA avançou em 0,15 ponto porcentual (pp), motivada pelo reajuste de ICMS anunciado pelos Estados, além de mudanças pontuais no cenário projetado para o câmbio e para os preços de commodities. A SPE destacou que, nessa previsão, já estão compatibilizados os efeitos do El Niño nos preços de alimentação, energia e etanol.
Após três meses de aceleração e um alívio no IPCA de outubro, a expectativa inflacionária para 2023 passou para 4,55% no Boletim Focus divulgado ontem. Para 2024, foco da política monetária, a projeção foi para 3,91%. A meta de inflação para 2023 é de 3,25%, com teto de 4,75%. No caso de 2024, a meta é de 3,00%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.
O Ministério da Fazenda revisou também a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - utilizado para a correção do salário mínimo. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a expectativa para o indicador neste ano passou de 4,36% para 4,04%. Para 2024, a projeção foi revisada de 3,21% para 3,25%.
A revisão em -0,32 ponto porcentual para o INPC deste ano reflete a incorporação de valores já divulgados para o Índice em setembro e outubro, apontou a SPE. No ano, a inflação para consumidores com renda mensal de até cinco salários mínimos deverá ser inferior àquela medida pelo IPCA em mais de 0,60 ponto, "evidenciando que o processo desinflacionário vem ocorrendo de maneira mais pronunciada para as menores classes de renda".
Já a estimativa da Fazenda para a alta do IGP-DI em 2023 foi novamente revisada para recuo, de -3,00% para -3,30%. "Desde o último Boletim, os preços agropecuários do IPA-DI surpreenderam para baixo, voltando a apresentar deflação acentuada em setembro como reflexo da forte queda nos preços de bovinos, leite e ovos. Em outubro, a alta do IPA também foi abaixo da esperada já que a queda nos preços da soja e do leite compensou parcialmente a alta sazonal da batata e a elevação da inflação de bovinos", apontou.
Para o próximo ano, o nível estimado permaneceu em 4%.
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