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Chefe do Conselho Europeu visita Kiev no 10º aniversário da Revolta de Maidan

21/11/2023 09h17

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, chegou a Kiev, capital da Ucrânia, nesta terça-feira (21), no 10º aniversário da histórica revolta pró-europeia de Maidan, que derrubou do poder um governo pró-Rússia. 

"É muito bom estar de volta a Kiev, entre amigos", anunciou Michel na rede X, em uma mensagem acompanhada de uma fotografia, na qual aparece cumprimentando várias pessoas. 

Antes da chegada de Michel, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse que o levante de Maidan - assim batizado em homenagem à praça central de Kiev, onde os manifestantes se reuniram em 2013 - foi a "primeira vitória" da guerra em curso com a Rússia.

Pouco antes de viajar para Kiev, Michel afirmou que iria "expressar o firme apoio da UE" e que prepararia, com Zelensky, a cúpula europeia marcada para 14 e 15 de dezembro em Bruxelas. 

Nessa cúpula, a UE deve anunciar uma decisão sobre a aspiração da Ucrânia de aderir ao bloco. 

A Comissão Europeia, braço executivo da UE, já deu sinal verde em novembro para que o bloco conceda à Ucrânia o "status" formal de país candidato à adesão, mas a decisão depende dos Estados-membros. 

Nesse mesmo dia, o ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius, também chegou a Kiev em uma visita surpresa para tranquilizar os líderes ucranianos sobre o compromisso alemão e europeu com o país. 

Na segunda-feira (20), o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, também viajou para a capital ucraniana para reafirmar o apoio americano e anunciar uma nova ajuda militar de US$ 100 milhões (R$ 485 milhões na cotação atual). 

Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enviou uma mensagem em vídeo aos líderes ucranianos. Nela, reafirmou que "o futuro da Ucrânia está na Europa". 

Em 21 de novembro de 2013, milhares de manifestantes tomaram a Praça Maidan, no centro de Kiev, para protestar contra a decisão do então presidente, Viktor Yanukovych, de não assinar um acordo de associação com a UE. 

O gesto gerou protestos que foram severamente reprimidos. A onda de manifestações se estendeu por vários meses em todo o país, com aproximadamente uma centena de mortos, até que, em fevereiro de 2014, Yanukovych deixou o país.

ob/ahg/zm/tt

© Agence France-Presse

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