Avanço da Ucrânia na região do rio Dnipro é "simbólico e estratégico", analisa jornal francês
Os jornais franceses desta terça-feira abordam a sequência da guerra na Ucrânia, em um momento em que o exército de Kiev investe em uma nova frente: a margem esquerda do rio Dnipro, que corta o país.
Os jornais franceses desta terça-feira abordam a sequência da guerra na Ucrânia, em um momento em que o exército de Kiev investe em uma nova frente: a margem esquerda do rio Dnipro, que corta o país.
Nas últimas semanas, as tropas ucranianas multiplicaram as incursões no local, ocupado desde os primeiros dias da guerra pela Rússia. Enquanto militares e especialistas ocidentais tentam desvendar a estratégia, o exército de Kiev reivindica avanços na região e aponta "duras perdas do inimigo".
Segundo o jornal Le Monde, centenas de soldados de Kiev ocupariam atualmente uma área de cerca de 50 quilômetros ao longo do rio. Para o diário este é considerado "o mais importante avanço do exército ucraniano" dos últimos meses.
O ganho de terreno é "simbólico e estratégico", diz o jornal Le Parisien em sua manchete. No entanto, o diário considera que o objetivo de Kiev retomar essa região é ambicioso, já que dezenas de milhares de soldados russos estariam instalados na margem direita do rio.
Entrevistado pelo diário, o ex-aviador militar e consultor em defesa, Xavier Tytelman, acredita que a meta do exército ucraniano é "empurrar" o máximo as tropas da Rússia, procurando uma falha em sua linha de defesa. Enquanto isso, o presidente Volodymir Zelensky aguarda para ter uma visão a longo prazo sobre a continuação da guerra.
Le Parisien salienta que a Ucrânia deposita grandes esperanças na entrega de caças F-16 por países ocidentais, prevista para ter início no primeiro trimestre de 2024. Além da continuação do apoio de seu maior aliado, os Estados Unidos - uma garantia ratificada na segunda-feira (20), durante visita do secretário americano de Defesa, Lloyd Austin, a Kiev.
Fracasso da contraofensiva
"Kiev diante do espectro da derrota militar" é a manchete do jornal Le Figaro. O diário classifica a aguardada contraofensiva ucraniana como uma "desilusão" e destaca a preocupação dos países ocidentais diante da duração do conflito.
Para o jornal, após 21 meses de guerra, a Ucrânia acumula más notícias, tanto no campo militar como no diplomático. A matéria aponta que enquanto a guerra no Oriente Médio atrai todas as atenções, Moscou dá mostras de sua resiliência, exibindo sua capacidade de adaptação e colocando sua indústria do armamento "em ordem de batalha", ao mesmo tempo em que recebe um imenso apoio militar de aliados como Coreia do Norte e Irã.
"E se a Ucrânia perder a guerra para a Rússia?", questiona o diário. Le Figaro destaca que o sentimento de sucesso já triunfa entre os russos. Em entrevista ao diário, Pavlo Klimkin, ex-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, afirma que o presidente russo, Vladimir Putin, quer uma vitória antes da eleição presidencial de março de 2024. Segundo ele, antes disso "não haverá uma desaceleração".
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