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Turquia, Catar e rainha da Jordânia denunciam diferenças nas reações à guerra Israel-Hamas

25/10/2023 11h19

Os ministros das Relações Exteriores de Turquia e Catar, assim como a rainha Rania, da Jordânia, acusaram a comunidade internacional, nesta quarta-feira (25), de aplicar "dois pesos e duas medidas" em sua reação ao conflito entre Israel e o Hamas em Gaza. 

"Reafirmamos nossa total rejeição a responder à crise com dois pesos e duas medidas, quando se trata de vidas humanas", disse o chanceler catari, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, em uma entrevista coletiva com seu homólogo turco, Hakan Fidan, em Doha. 

"Não é admissível condenar o massacre de civis em um contexto e justificá-lo em outro", acrescentou.

"O fato de alguns países americanos e do norte da Europa não condenarem, nem impedirem a destruição e o desastre em Gaza constitui um duplo padrão muito grave", denunciou o ministro turco.

Na mesma linha, a rainha Rania, da Jordânia, acusou os líderes ocidentais de terem "claramente dois pesos e duas medidas" por não condenarem a morte de civis palestinianos na Faixa de Gaza nos incessantes bombardeios israelenses.

O presidente francês, Emmanuel Marcon, declarou, por sua vez, que seu país "não pratica dois pesos e duas medidas", acrescentando que "o direito internacional se aplica a todos, e a França carrega valores universais de humanismo". 

"Todas as vidas são iguais. Todas as vítimas merecem nossa compaixão, nosso compromisso duradouro com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio", declarou ele no Cairo.

Israel lançou uma ofensiva contra Gaza em resposta a um ataque sem precedentes deflagrado por militantes do Hamas em 7 de outubro. 

Homens armados do movimento islâmico palestino invadiram Israel, por Gaza, matando mais de 1.400 pessoas e fazendo mais de 220 reféns, segundo as autoridades israelenses. 

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, afirma que 6.546 pessoas morreram em bombardeios israelenses até o momento, muitas delas crianças. 

Os governos ocidentais, incluindo Reino Unido, França e Estados Unidos, ofereceram seu total apoio a Israel, afirmando seu direito de autodefesa após a incursão mortal do Hamas. 

Nesse contexto, Catar e Turquia, fortes apoiadores da causa palestina e com canais de comunicação abertos com o Hamas, trabalham com parceiros regionais para neutralizar o conflito, disse o chanceler catari.

csp/kir/meb/mb/tt

© Agence France-Presse

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