Dólar tem pouca alteração em meio a esforços para conter guerra no Oriente Médio e expectativa por Fed
Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar tinha pouca alteração frente ao real nesta terça-feira, uma vez que investidores encontravam algum conforto nos esforços globais para conter o conflito entre Israel e Hamas, enquanto aguardavam dados norte-americanos antes da decisão de política monetária do Federal Reserve da próxima semana.
Às 10:04 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,06%, a 5,0193 reais na venda.
Na B3, às 10:04 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,06%, a 5,0235 reais.
De acordo com Hideaki Iha, operador da Fair Corretora, a oscilação tímida da divisa estava "muito ligada ao ambiente externo, ao movimento político da guerra" no Oriente Médio, uma vez que "os países estão conseguindo adiar a invasão que Israel está prometendo".
Fontes dos Estados Unidos disseram ter aconselhado Israel a segurar um ataque por solo em grande escala contra a Faixa de Gaza, embora o país diga em público que os israelenses têm o direito de se defender. Além disso, o Hamas afirmou na segunda-feira que libertou duas idosas israelenses que estavam entre os 200 reféns que o grupo tomou durante o seu ataque contra o sul de Israel no dia 7 de outubro.
Israel vem bombardeando há dias a Faixa de Gaza, e soldados israelenses entraram em confronto com militantes do Hamas durante ofensivas no enclave palestino, onde as mortes têm aumentado e os civis estão encurralados e enfrentando condições de vida deploráveis.
"Como esse cenário está num compasso de espera, com esforços das principais potências para chegar num denominador comum, o dólar fica um pouco mais de lado hoje", avaliou Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
Enquanto isso, investidores aguardam a reunião do Federal Reserve da semana que vem. Antes de seu encontro nos dias 31 de outubro e 1° de novembro, o banco central dos EUA ainda terá de avaliar os dados do PIB norte-americano do terceiro trimestre, na quinta-feira, e a importante leitura do índice de preços PCE, na sexta-feira.
Qualquer sinal de persistência da inflação tende a impulsionar o apetite pelo dólar e prejudicar a demanda por ativos mais arriscados, como moedas emergentes e ações, uma vez que indicaria juros mais altos por mais tempo nos EUA.
No entanto, Iha, da Fair, ponderou que o recente salto nos rendimentos dos títulos norte-americanos "já está fazendo o papel do Fed" no que diz respeito ao aperto das condições financeiras e monetárias, o que oferecia algum alívio aos receios do mercado sobre a política monetária.
Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0163 reais na venda, em queda de 0,32%.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.