Ex-premiê do Paquistão Imran Khan é indiciado em ação de segredos oficiais, diz partido
Por Gibran Naiyyar Peshimam
ISLAMABAD (Reuters) - Um tribunal paquistanês indiciou o ex-primeiro-ministro Imran Khan em uma ação de atos secretos oficiais, nesta segunda-feira, informou seu partido, em mais um golpe para o ex-astro do críquete, que está preso, antes das eleições gerais previstas para janeiro.
A acusação está relacionada a um documento confidencial enviado a Islamabad pelo embaixador do Paquistão em Washington no início do ano passado, que Khan é acusado de tornar público.
Khan nega e disse que seu conteúdo apareceu na mídia por meio de outras fontes.
Um tribunal especial indiciou Khan e o vice-líder de seu partido, o ex-ministro das Relações Exteriores Shah Mahmood Quershi, informou seu partido, o Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI), à mídia, acrescentando que o processo começaria na sexta-feira. Disse ainda que contestaria o indiciamento.
Khan afirmou que o documento era prova de uma conspiração dos EUA para pressionar os militares paquistaneses a destituí-lo em uma votação parlamentar em 2022, porque ele havia visitado Moscou pouco antes da invasão russa na Ucrânia.
Tanto os Estados Unidos quanto os militares paquistaneses negam isso.
Khan foi forçado a deixar o cargo após ser derrotado em voto de desconfiança de 2022 e, em seguida, liderou protestos contra o governo para pressionar por uma eleição geral antecipada e contra os militares, que ele acusou de tentar afastá-lo.
Os militares, que governaram diretamente por períodos significativos e exerceram influência sobre os governos civis, negaram a alegação.
Khan tem dezenas de processos judiciais movidos contra ele, que ele denunciou como uma tentativa de bani-lo da política. O ex-premiê foi condenado em um caso de corrupção e sentenciado a três anos de prisão.
A sentença foi suspensa, mas ele permanece na prisão em conexão com outros casos, incluindo instigação à violência e o caso de segredos oficiais.
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