Autoridades alertam sobre possível distribuição de Ozempic falsificado na Europa
As autoridades sanitárias europeia e francesa fizeram um alerta nesta segunda-feira (23) sobre a possível circulação de Ozempic falsificado. O medicamento foi lançado em 2019 pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk contra o diabetes do tipo 2, mas tem sido usado para emagrecer.
As autoridades sanitárias europeia e francesa fizeram um alerta nesta segunda-feira (23) sobre a possível circulação de Ozempic falsificado. O medicamento foi lançado em 2019 pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk contra o diabetes do tipo 2, mas tem sido usado para emagrecer.
O remédio, que é vendido em forma de caneta com uma agulha na ponta, é usado para controlar a glicose e em alguns casos é recomendado para controle da obesidade. O problema é que ele tem sido também utilizado para emagrecer sem indicação médica, uma prática que se popularizou nas redes sociais, apesar dos riscos que traz para a saúde.
Em uma nota enviada a hospitais e farmácias, a Agência Nacional de Segurança do Medicamento (ANSM) pediu "vigilância" em todas as etapas da distribuição do produto. "Até agora, não recebemos nenhum alerta na França, mas é importante verificar o número de rastreio dos medicamentos", ressalta a Agência.
De acordo com a Agência Europeia do Medicamento (EMA), as canetas de injeção do Ozempic falsificadas, com etiqueta da Alemanha, contêm 1mg de semaglutina e foram identificadas em atacadistas da Áustria e de outros países da União Europeia, além do Reino Unido.
A semaglutida é um análogo do hormônio GLP1, produzido pelo intestino e responsável pelo controle do metabolismo da glicose no organismo. A molécula susbtitui esse hormônio agindo no sistema nervoso central, em regiões que controlam o apetite e a saciedade.
A EMA alerta que a aparência da caneta de injeção de Ozempic falsa é bem diferente da original e abriu uma investigação administrativa e um inquérito policial para analisar o caso. Por hora, "nada indica que canetas falsas tenham sido entregues aos pacientes", diz a nota da agência europeia.
Com o sucesso do Ozempic, a famarcêutica Novo Nordisk estima que o volume de vendas da empresa, que foi de € 23,7 bilhões em 2022, deve crescer de 32 a 38% em 2023. A previsão inicial foi de 27 a 33%, mas aumentou com a expectativa da demanda nos Estados Unidos, de acordo com um comunicado da empresa publicado em 13 de outubro.
Remédio traz riscos
Os efeitos colaterais do Ozempic incluem problemas digestivos e até inflamação do Pâncreas. De acordo com um estudo publicado em 5 de outubro, o remédio também aumenta o risco de problemas gastrointestinais graves, incluindo paralisia estomacal,
A pesquisa, publicada no jornal American Medical Association (JAMA), uma das principais revistas médicas do mundo, analisou uma classe de medicamentos chamados agonistas do GLP-1, que inclui as marcas Wegovy, Ozempic, Rybelsus e Saxenda.
A taxa de efeitos colaterais graves foi comparada com outra classe de medicamentos para perda de peso, a bupropiona-naltrexona. Os agonistas do GLP-1 foram associados a um risco quatro vezes maior de paralisia gástrica, nove vezes maior de pancreatite e quatro vezes maior de obstrução intestinal.
Essas condições podem levar à hospitalização e à necessidade de cirurgia, dependendo da gravidade. A análise incluiu pacientes com histórico recente de obesidade, mas excluiu aqueles com diabetes ou para quem foi prescrita outra droga antidiabética.
Com informações da AFP
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