Márcio França: 'Sou a esquerda da direita ou a direita da esquerda'
São Paulo
19/08/2022 07h00
Líder nas pesquisas de intenção de voto, França apresenta uma agenda mais conservadora do que seus companheiros de coligação, em especial o PSOL. "Quando me perguntam se sou de esquerda ou direita, eu digo que sou a direita da esquerda. Ou a esquerda da direita", afirmou o pessebista ao Estadão. Leia os principais trechos a seguir.
O sr. aceitaria ser ministro em um eventual governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)?
Cumpri 100% do mandato todas as vezes que fui eleito. O cargo de senador é muito relevante. Não há como pensar em ter outra função.
O sr. disse de forma peremptória que seria candidato ao governo e que "foguete não tem ré". Agora disputa o Senado. Por quê?
Foguete não tem ré, mas precisa de combustível. O combustível da política é gente apoiando. Convenceram Lula de que seria o caminho mais fácil para vencer em São Paulo. Ele nunca ganhou em São Paulo. Na verdade, só uma vez, no segundo turno contra o (José) Serra.
Sua agenda é mais conservadora que a da esquerda.
Normalmente, sim. Quando me perguntam se sou de esquerda ou direita, eu digo que sou a direita da esquerda. Ou a esquerda da direita. Não concordo com coisas que são feitas em movimentos de esquerda. Não concordo com o formato do golpe na Venezuela. Cuba precisava ter mais partidos. Na China, todos os votos vão para um partido só.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.