Fapesp anuncia fundo de R$ 100 milhões para projetos voltados para a Amazônia
Os chefes dos executivos apresentarão um edital conjunto com valor mínimo de R$ 100 milhões, valor que será disponibilizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para projetos de pesquisa na região da Amazônia Legal. O anúncio foi antecipado nesta quarta-feira, 27, pela secretária de Desenvolvimento Regional de São Paulo, Patrícia Ellen, a quem a Fapesp está subordinada.
Segundo ela, que está em ua comitiva de secretários do governo paulista e empresários liderada pela InvestSP, braço de investimentos do governo, o valor do investimento pode ser ampliado para R$ 500 milhões com aportes da iniciativa privada. "O valor do aporte total pode mais que dobrar", diz. Os recursos serão distribuídos em quatro linhas de investimento: conservação da Biodiversidade, proteção de Populações e Comunidades Tradicionais, desafios urbanos na Amazônia Legal e Bioeconomia como Política de Desenvolvimento Econômico.
"O objetivo é promover o ecossistema de ciência e tecnologia da Amazônia Legal, por isso a inscrição no edital estará vinculada à participação de pelo menos um pesquisador ou instituto da região. O anúncio da COP é uma oportunidade para atrair potenciais financiadores internacionais interessados na preservação e no desenvolvimento sustentável da Região Amazônica que queiram se juntar a este esforço de pesquisa", disse a secretária, que fez o anúncio em uma coletiva ao lado do governador João Doria (PSDB) e o presidente da InvestSP, Gustavo Junqueira.
Com esse gesto, São Paulo tenta marcar posição em relação ao governo Jair Bolsonaro, que vem sendo criticado no exterior por sua falta de políticas para defender a Amazônia. O Brasil foi o país que mais regrediu em suas ambições de reduzir as emissões de gás carbônico (CO2) entre as nações do G-20, aponta um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta terça-feira, 26. Publicado a poucos dias da Conferência do Clima (COP-26), em Glasgow, o documento destaca ainda que as promessas climáticas para 2030 colocam o mundo no caminho de aumento de temperatura de pelo menos 2,7ºC neste século.
*O repórter viajou a convite da Invest SP