Bolsonaro volta a chamar mercado financeiro de 'nervosinho'
Eduardo Gayer
Brasília
27/10/2021 14h23
Minimizado por Bolsonaro, o "negocinho" foi interpretado por muitos economistas e setores da política como o abandono da âncora fiscal do País para financiar um benefício temporário - o pagamento de R$ 400 do Auxílio Brasil - em ano eleitoral, já que as parcelas majoradas vencerão em dezembro de 2022.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o governo ignorou sugestões para criar o programa sem mexer no teto.
O chefe do Executivo ainda fez um diagnóstico para a depreciação do real: "Brasil está vivendo uma insegurança jurídica, aí o dólar não baixa", afirmou, sem considerar o componente político e de incerteza da trajetória fiscal incidente no mercado de câmbio.
Apesar da inflação elevada e do desemprego ainda em níveis preocupantes, Bolsonaro também voltou a defender a política econômica do seu governo, destacando especialmente investimentos feitos em Itaipu e a lucratividade dos Correios. "Correios, ano passado, deram lucro de R$ 1,5 bilhão. E esse ano deve dar de R$ 3 bilhões."