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ONG denuncia que Venezuela tem atualmente 260 presos políticos

14/10/2021 19h25

Caracas, 14 out (EFE).- O diretor-presidente da ONG Foro Penal, Alfredo Romero, divulgou nesta quinta-feira que existem 260 pessoas detidas na Venezuela que podem ser consideradas "presos políticos", um a menos do que no balanço divulgado na semana passada pela organização.

De acordo com as informações publicadas pelo ativista no Twitter, são 245 homes e 14 mulheres encarcerados. Por ocupação, são 133 militares e 127 civis, indica a fonte.

Além disso, a ONG Foro Penal ainda indicou ter registros sobre um adolescente sob custódia das autoridades venezuelanas.

A organização relembrou que, desde 2014, registrou 15.747 prisões por motivações políticas e que prestou assistência para mais de 12 mil cidadãos que hoje já estão em liberdade.

Além disso, mais de 9 mil pessoas na Venezuela enfrentam "medidas restritivas da liberdade", segundo a ONG.

No último dia 6 de setembro, no mais recente boletim da ONG, foi informado que 42 dos 262 cidadãos considerados presos políticos na Venezuela estavam "em situação de saúde crítica".

Na última terça-feira, a ONG divulgou que morreram no país 12 presos políticos, que estavam sob a custódia do Estado desde 2014.

As informações da organização foram divulgadas dois dias após o anúncio da morte do ex-ministro da Defesa da Venezuela e antigo aliado de Hugo Chávez, Raúl Isaias Baduel.

Segundo o procurador-geral do país, Tarek William Saab, o general do Exército, que estava preso desde 2009, faleceu de uma parada cardiorrespiratória em decorrência de covid-19.

A família do militar negou a infecção pelo novo coronavírus, e a filha dele, Andreina Baduel, afirmou ontem que o pai foi assassinado pelo governo venezuelano.

O advogado da família Baduel, Omar Mora Tosta, garantiu, em entrevista à emissora "VPI", que a causa da morte do militar precisa ser investigada e que já foi feito pedido para a entrega do corpo.

"Que não aconteça como em outros casos, em que eles se desfaçam ou cremem as pessoas ao bel-prazer", disse o representante.

Além disso, Mora Tosta garantiu que irá fazer pedido por uma investigação por uma "comissão internacional" para determinar as causas da morte do ex-ministro, garantindo não haver credibilidade na versão do procurador-geral. EFE

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