Maduro convida empresários colombianos a retomar investimentos na Venezuela
"Convido os empresários colombianos a retomar seus investimentos, suas vendas e toda a atividade econômica comercial com a Venezuela. Colômbia, Colômbia, Colômbia, Colômbia, aqui é a Venezuela. A Venezuela está esperando por você, Colômbia, acima da baixeza política. A economia deve prevalecer", declarou Maduro durante um ato de governo.
O presidente venezuelano disse que seu governo prevê a passagem de pelo menos "15 caminhões de carga por dia" com produtos da Colômbia para a Venezuela neste período de reabertura da fronteira terrestre.
Maduro ressaltou que as diferenças ideológicas entre os países devem ser deixadas de lado quando se trata de economia, e mostrou esperança de que o governo colombiano, do presidente Iván Duque, "entenda isso".
Ele alegou que durante o governo de seu mentor e antecessor, Hugo Chávez (1999-2013), o comércio bilateral foi avaliado em US$ 11 bilhões, e lembrou que naquela época o governo venezuelano tinha divergências profundas com o governo do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe.
"Somos países irmãos e de sangue, e o extremismo partidário de direita que veio com Iván Duque não pode ser imposto", afirmou.
Na última segunda-feira, o vice-presidente venezuelano Delcy Rodriguez anunciou a abertura do trânsito comercial da fronteira com a Colômbia, fechada desde 2015, no estado de Tachira, que sedia a travessia principal com o país andino, a partir de terça-feira.
A fronteira foi fechada para a passagem de veículos em agosto de 2015 por ordem de Maduro, e o trânsito de pessoas foi suspenso após a ruptura das relações bilaterais decidida também pelo presidente venezuelano em 23 de fevereiro de 2019, quando o líder opositor Juan Guaidó tentou entrar no país vindo da cidade colombiana de Cúcuta e junto com uma caravana de ajuda humanitária.
Com a crise política de 2019, o governo venezuelano decidiu instalar barreiras na ponte principal que liga os dois países, a Simón Bolívar, e elas começaram a ser retiradas na última segunda-feira. EFE
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