Polícia italiana desmantela grupo antivacina que planeja ataques
O inquérito é coordenado pelo Ministério Público de Milão e conduzido pela Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais da Polícia de Estado (Digos) e pela Polícia Postal.
Ações de busca e apreensão foram realizadas em algumas das principais cidades do país, incluindo Roma, Milão, Veneza, Bergamo, Pádua e Reggio Emilia, mirando sobretudo as casas dos investigados.
Segundo a polícia, alguns dos alvos do inquérito planejavam atos de violência, inclusive com armas, durante uma manifestação antivacinas em Roma marcada para o próximo sábado (11).
O grupo tinha, de acordo com a investigação, "a efetiva intenção de fazer uma reunião preparatória em vista do compromisso romano e de estocar armas brancas para utilizar na ocasião" - objetos como facas e bastões foram apreendidos.
Os chamados "antivax" miravam membros do governo e jornalistas, que já têm sido alvos de ameaças e ataques nas últimas semanas.
"Quando formos a Roma, os primeiros [a serem agredidos] serão os jornalistas", disse um dos investigados no Telegram. Outra pessoa incitou o uso de coquetéis molotov para "explodir furgões de TV".
A célula, segunda a polícia, era formada por cinco mulheres e três homens que se autodenominavam como "guerreiros" e têm entre 33 e 53 anos. Um dos objetivos do grupo era "condicionar as políticas do governo sobre a campanha de vacinação", de acordo com os investigadores.
A imunização contra a Covid-19 não é obrigatória na Itália, mas o premiê Mario Draghi já indicou que pode mudar de ideia se o país não atingir a tão sonhada imunidade de rebanho. Até o momento, quase 73% do público-alvo (pessoas com 12 anos ou mais) está totalmente vacinado, mas a meta é chegar a pelo menos 80% ainda em setembro.
Ao mesmo tempo, o governo exige um certificado sanitário para acesso a determinados lugares, como academias, arenas esportivas, feiras, cinemas, museus e áreas cobertas de bares e restaurantes. Esse "passe verde" pode ser obtido por vacinados contra a Covid, mas também por quem tenha se curado da doença nos últimos seis meses ou apresente teste negativo. (ANSA).
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