Prefeito de Quito diz que recorrerá à justiça para não ser removido pelo vice
A situação desconcertante surgiu após um tribunal ter revogado na segunda-feira as medidas cautelares que Yunda tinha solicitado em meio à remoção.
O Conselho Municipal removeu Yunda do cargo no dia 3 de junho, a pedido de um grupo de cidadãos que o acusaram de não ter cumprido as suas funções e de ter se recusado a prestar contas da gestão. O prefeito também gerou polêmica devido a alguns contratos que supostamente beneficiaram parentes, insinuações que ele rejeita.
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Em reunião com vereadores e cidadãos, Guarderas assinou na tarde de segunda-feira uma resolução para assumir o cargo de prefeito da capital equatoriana até 2023.
"Colocaremos ordem na prefeitura. Apresentaremos ao Conselho e à cidade o projeto de reativação econômica", disse Guarderas, quem impulsionou o processo de remoção de Yunda.
Com a maioria dos vereadores que compõem o Conselho Municipal, Guarderas conseguiu a remoção do prefeito, que solicitou a dois tribunais medidas de proteção e cautelares para evitar sua saída do cargo.
Ao saber que uma juíza revogou as medidas cautelares que o assistiam, Yunda afirmou que apresentará "os recursos" legais que a lei permite e que solicitará medidas de proteção "diante de qualquer tentativa de tomada da prefeitura".
O Tribunal de Justiça da província de Pichincha, cuja capital é Quito, deverá se pronunciar na próxima sexta-feira sobre o recurso de ação de proteção a favor de Yunda. O atual prefeito acredita que a remoção do cargo deveria ser anulada.
"O descumprimento de ordem legítima de autoridade competente é um delito. Existe uma ação de proteção que evidenciou a vulneração dos meus direitos, isso ainda está sendo resolvido pelo Tribunal Provincial de Justiça", escreveu Yunda no Twitter.
Guarderas, por sua vez, disse que o processo de remoção "seguiu rigidamente o devido processo" e que foi tomado com "prudência".