Chanceleres do Mercosul se reúnem com estratégia comercial em pauta
Segundo informaram à Agência Efe fontes da chancelaria da Argentina, que ocupa a presidência semestral do grupo, a reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) reúne o brasileiro Carlos Alberto França, o argentino Felipe Solá, o paraguaio Euclides Acevedo e o uruguaio Francisco Bustillo.
Participa também Rogelio Mayta, chanceler da Bolívia, país que está em processo de adesão ao Mercosul.
Embora o CMC seja integrado pelos ministros das Relações Exteriores e da Economia, as fontes indicaram que não está previsto que nesta ocasião participem os chefes das pastas econômicas.
A chancelaria argentina destacou que a reunião desta quarta-feira também contará com a presença do secretário-geral da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), Sergio Abreu Bonilla; o presidente executivo do Fonplata-Banco de Desenvolvimento, Juan Notaro Fraga, e a secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Alicia Bárcena.
Conforme detalhado pela chancelaria, alguns dos temas que compõem essas mesas de diálogo são a tarifa externa comum do Mercosul; o acordo comercial firmado com a União Européia, que ainda não entrou em vigor; as negociações com outros blocos e países; o estatuto de cidadania do bloco e a "necessidade de revitalizar o bloco como principal plataforma de projeção internacional de nossa região".
VÉSPERA DO ENCONTRO PRESIDENCIAL.
Nesta quinta-feira, também em evento virtual, será realizada a cúpula de chefes de Estado do Mercosul, Países Associados e Convidados Especiais, na qual a Argentina fará a transferência oficial da presidência semestral para o Brasil.
Na ocasião, discursarão tanto o anfitrião, o presidente argentino Alberto Fernández, como o presidente Jair Bolsonaro e seus homólogos do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e do Uruguai, Luis Lacalle Pou.
Segundo a chancelaria argentina, também deverão participar os presidentes de Chile, Sebastián Piñera, e Bolívia, Luis Arce, mas não está descartada a participação de lideranças de outros países da região.
A última vez que os presidentes dos países do Mercosul se reuniram, também virtualmente, foi no dia 26 de março, para as comemorações dos 30 anos do bloco, quando ficaram evidentes as divergências em torno da estratégia conjunta.
A tensão é palpável principalmente nas questões relacionadas à chamada tarifa externa comum e ao mecanismo de negociação comercial externa como um único bloco.
Enquanto Brasil e Uruguai pedem um bloco menos protecionista, com tarifa externa não tão alta e mais aberta para pactuar com outros mercados, a Argentina propõe cortes tarifários mais moderados e seletivos que não afetem as manufaturas nacionais sem capacidade de competir com as importações de outros mercados.
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