Farmacêutica Moderna garante que dose de reforço é efetiva contra variantes
A Moderna fez referência a um ensaio clínico que ainda está realizando, no qual observa que uma dose de 50 microgramas da vacina foi utilizada em indivíduos que já foram imunizados.
Além disso, a empresa detalhou que a dose de reforço de outra vacina que desenvolveu, chamada mRNA-1273.351, gerou uma resposta imunológica ainda melhor do a vacina atual contra a variante sul-africana.
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Contudo, os resultados preliminares, que a Moderna publicará online, ainda não foram revisados por outros cientistas. "Enquanto procuramos derrotar a atual pandemia, continuamos empenhados em permanecer ativos à medida que o vírus evolui", declarou o CEO da farmacêutica, Stephane Bancel.
"Estamos animados com esses novos dados, o que apoia nossa confiança de que a estratégia de dose de reforço deve proteger contra estas novas variantes detectadas", completou.
A Moderna divulgou também que os efeitos colaterais do reforço são semelhantes aos observados após a segunda dose de sua vacina, incluindo dor no local da injeção, fadiga, dor de cabeça e dores musculares e articulares.
A notícia foi publicada logo após cientistas e empresas farmacêuticas dizerem que as pessoas provavelmente precisarão de uma terceira dose ou de uma vacina anual contra o coronavírus, semelhante ao que acontece no caso da gripe.
De acordo com um relatório divulgado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), o país espera que os casos de Covid-19 aumentem até maio devido à presença da variante do Reino Unido, antes de cair drasticamente até julho, quando se espera que a campanha maciça de vacinação comece a fazer efeito.
"Estamos vendo que nossas vacinas estão protegendo contra a contaminação das variantes que circulam no país. Simplificando, quanto mais pessoas forem vacinadas o mais rápido possível, mais rápido poderemos voltar ao normal", destacou a diretora do CDC, Rochelle Walensky, em entrevista coletiva.
Os Estados Unidos são o país mais atingido pela pandemia em números absolutos, com mais de 32,5 milhões de casos confirmados e uma estimativa de 579 mil mortes, de acordo com uma contagem independente da universidade Johns Hopkins.