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Mulher morre após realizar aumento de glúteos em clínica clandestina de GO

Ronilza Johnson, de 45 anos, morreu após realizar procedimento estético em clínica clandestina - Reprodução/TV Globo
Ronilza Johnson, de 45 anos, morreu após realizar procedimento estético em clínica clandestina Imagem: Reprodução/TV Globo
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/05/2021 12h54Atualizada em 03/05/2021 15h05

Uma brasileira que mora no Reino Unido morreu no sábado (1) com infecções causadas por um procedimento estético realizado em uma clínica clandestina em Anápolis, a 60 km de Goiânia. Dois suspeitos são investigados pela Polícia Civil.

Ronilza Johnson, de 45 anos, mora na Inglaterra, mas decidiu fazer um preenchimento nos glúteos durante a viagem para visitar o pai, que mora no município goiano, segundo a TV Anhanguera, afiliada da TV Globo.

A clínica era localizada em um prédio comercial na região central de Anápolis, mas não tinha licença da prefeitura para funcionar. De acordo com a TV, o suspeito Lucas Santana, de 25 anos, tem registro como biomédico, mas se apresentava como médico para realizar os procedimentos. Ele contava com a ajuda de Thierry Cardoso, um estudante de medicina boliviano.

Na busca e apreensão feita pela Polícia Civil, foram encontrados na residência de Lucas um certificado de licenciamento profissional datado em 1996 — quando o suspeito tinha 1 ano de idade —, medicamentos nacionais e internacionais não registrados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e medicamentos vencidos.

Nota de serviços de Ronilza Johnson divulgada pela Polícia Civil - Reprodução/TV Globo - Reprodução/TV Globo
Nota de serviços de Ronilza Johnson divulgada pela Polícia Civil
Imagem: Reprodução/TV Globo

Quando percebeu que a plástica estava causando reações no corpo, Ronilza procurou a polícia antes de ser internada.

"Os suspeitos passam a responder por crime de lesão corporal grave. Infelizmente com a morte da vítima nós estamos concluindo as investigações como lesão corporal seguida de morte. Um dos suspeitos informou que utilizou a substância PMMA, que não poderia ser usada", disse a delegada Cynthia Christyane Costa.

A polimetilmetacrilato, mais conhecida como PMMA, não é proibida no Brasil, mas não pode ser utilizada em procedimentos estéticos.

O Conselho Regional de Biomedicina vai abrir processo ético contra Lucas por realizar um procedimento não permitido, já o dono do prédio disse que cancelaria o contrato com o inquilino, uma vez que alegou não ter ciência das atividades que lá eram realizadas.

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