Mudar política sobre Cuba não é prioridade para Biden, diz porta-voz
A postura adotada por Biden foi anunciada nesta sexta-feira pela porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, quando questionada, em entrevista coletiva, sobre o VIII Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC), no qual é esperada a aposentadoria política do primeiro secretário da legenda, Raúl Castro.
A porta-voz não comentou sobre o congresso ou sobre Castro, mas disse que "uma mudança na política em relação a Cuba ou a tomada de medidas adicionais não está agora entre as principais prioridades da política externa" de Biden.
Relacionadas
Um membro sênior do governo dos EUA, que pediu anonimato, confirmou mais tarde à Agência Efe que Biden não considera Cuba uma prioridade, mas quer "fazer dos direitos humanos um pilar fundamental de sua política externa", o que inclui "redobrar" a atenção ao assunto em todas as Américas.
A fonte esclareceu que a Casa Branca está empenhada em "rever as políticas que foram decididas na administração anterior, incluindo a decisão de designar Cuba como um patrocinador estatal do terrorismo".
Apenas nove dias antes do final de seu mandato, o governo Trump tomou a decisão de recolocar Cuba nessa lista, da qual havia saído em 2015 durante o governo de Barack Obama, em meio ao processo de retomada da relação bilateral.
A inclusão nessa lista negra do terrorismo provoca obstáculos ao comércio e mais sanções, embora Cuba já fosse alvo dessas restrições antes de fazer parte da lista, devido ao embargo americano.