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Governo francês descarta lockdown em Paris e triplica vacinação contra covid-19

Governo francês descarta lockdown em Paris e triplica vacinação contra covid-19 Imagem: Mehdi Taamallah/NurPhoto via Getty Images

04/03/2021 15h53

Depois das áreas metropolitanas de Dunquerque (norte) e Nice (sul), o governo francês ampliou o lockdown no fim de semana ao Pas-de-Calais, departamento do norte do país onde a circulação do coronavírus permanece intensa. Paris e sua região metropolitana escapam do confinamento, mas terão de respeitar medidas de restrição mais estritas a partir desta sexta-feira (5) para conter a epidemia.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (4), o primeiro-ministro francês, Jean Castex, explicou que os dados nacionais da pandemia ocultam situações territoriais díspares, o que exige a adoção de medidas diferenciadas. A variante britânica do vírus, mais contagiosa, já é responsável por 60% das contaminações em todo o território francês, mas em algumas áreas o contágio avança de forma acelerada.

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Para quem mora no Pas-de-Calais - cerca de 1,4 milhão de habitantes -, o lockdown das 8h de sábado às 18h de domingo tornou-se indispensável nos próximos dois fins de semana, além do toque de recolher em vigor diariamente de 18h às 6h. O confinamento nos fins de semana está em vigor há duas semanas em Nice e há uma semana em Dunquerque.

Por outro lado, em Paris e outros 22 departamentos franceses sob vigilância reforçada a principal medida imposta a partir desta sexta-feira é o fechamento de supermercados e outros estabelecimentos comerciais com área superior a 10 mil metros quadrados (contra 20 mil metros quadrados anteriormente). Os encontros entre familiares e amigos permanecem limitados a seis pessoas, principalmente neste mês em que as temperaturas começam a subir e os franceses lotam os parques para fazer piqueniques e desfrutar as temperaturas mais agradáveis que antecedem a primavera.

De acordo com o primeiro-ministro, na quarta-feira (3) a França tinha 25.156 pacientes hospitalizados com a Covid-19, 500 a menos do que há uma semana. Os doentes internados na UTI totalizavam ontem 3.657 pessoas - 200 a mais do que há oito dias. "Mas não é um aumento massivo", destacou Castex.

"Não estamos confrontados a uma alta exponencial da epidemia como aconteceu durante a primeira onda, no primeiro semestre do ano passado, ou em outubro", declarou o chefe de governo. Ele acrescentou que a vacinação dos idosos já provoca uma queda nas hospitalizações. As contaminações entre os franceses com mais de 80 anos de idade recuaram 17% em uma semana, ressaltou Castex. "A campanha vacinal é a única coisa que pode nos trazer a luz no fim do túnel", insistiu.

Entregas de doses vão triplicar em março e abril

O premiê destacou que a disponibilidade de doses das vacinas irá aumentar de 7 milhões em janeiro e fevereiro para 22 milhões em março e abril. "Teremos o triplo de vacinas", anunciou Castex, lembrando que 3.235.684 franceses receberam até agora a primeira dose do imunizante, e 1.781.750 as duas doses. "Até meados de maio, 20 milhões de pessoas voluntárias com idades acima de 50 anos estarão vacinadas e outras 30 milhões até julho", afirmou.

A excelente notícia da semana, segundo o premiê, foram os estudos científicos realizados no Reino Unido comprovando a eficácia de 80,4% da vacina da AstraZeneca/Oxford em reduzir as formas graves da Covid-19, mesmo em idosos. "É uma vacina tão boa quanto as outras à base de RNA", disse Castex.

Na terça-feira (2), a Alta Autoridade de Saúde francesa estendeu a vacinação com o imunizante de Oxford para a faixa etária de 65 a 75 anos que apresentam fatores de risco. No entanto, a rejeição de médicos e enfermeiros em relação ao imunizante da AstraZeneca permanece forte, principalmente por causa dos efeitos colaterais mais pronunciados. Na maioria das vezes, são sintomas semelhantes aos da gripe, em pessoas mais jovens. Também surgiram questões sobre a eficácia desta vacina no combate à variante sul-africana da Covid-19. Atualmente, apenas 30% dos profissionais da saúde franceses se vacinaram (hospitais e consultórios particulares) e 40% dos que trabalham em casas de repouso.

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