"Antes tarde do que nunca", diz Mandetta após decisão de compras de vacinas
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) ironizou nas redes sociais minutos depois do Ministério da Saúde confirmar negociações para aquisição de vacinas contra a covid-19 da Pfizer e da Janssen, na tarde de hoje.
"Contra alta do dólar, 'pibinho', falsos dilemas econômicos, recessão, charlatões e afins: vacina antes tarde do que nunca", escreveu ele, em tom de ironia, citando indicadores econômicos ruins no governo de Jair Bolsonaro.
O governo federal chegou hoje a um acordo para a aquisição de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech e também da Janssen contra a covid-19. O anúncio ainda será feito de forma oficial pelo Ministério da Saúde, o que deve acontecer ainda hoje.
A Pfizer iniciou negociações simultâneas com diversos países, "inclusive com o governo brasileiro, por meio de tratativas que se iniciaram em junho de 2020". Em 31 de julho, o acordo de confidencialidade foi assinado e em agosto a primeira das três propostas chegou. As propostas foram todas recusadas pelo governo brasileiro.
O imunizante da Pfizer é o único a ter registro para uso definitivo no Brasil autorizado pela Anvisa (Agência Nacional e Vigilância Sanitária), mas o governo não havia adquirido até então porque discordava de cláusula que isenta a farmacêutica de responsabilidade em caso de efeitos adversos.
Mandetta deixou o comando do Ministério da Saúde em abril do ano passado, após embates com Bolsonaro e por se recusar a assinar um protocolo recomendando o uso de cloroquina para o tratamento da covid-19. Estudos afirmam que o medicamento não tem eficácia contra o coronavírus e podem até causar outros problemas de saúde.
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