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'Cheiro de carro novo' contém substâncias cancerígenas, revela estudo

Imagem ilustrativa de carro; estudo revelou que cheiro de carro novo contém altos níveis de substâncias cancerígenas - Pixabay
Imagem ilustrativa de carro; estudo revelou que cheiro de carro novo contém altos níveis de substâncias cancerígenas Imagem: Pixabay
do UOL

Colaboração para Carros, em São Paulo

23/02/2021 14h14

Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Riverside, Estados Unidos, revelou que o "cheiro de carro novo", que muitas pessoas amam, é na verdade rico em duas substâncias cancerígenas.

Os pesquisadores da universidade detectaram altos níveis de benzeno e formaldeído no ar e na poeira das cabines de automóveis, que podem ser um risco para viajantes de percursos de mais de 20 minutos. Os resultados estão no jornal científico Environment International.

Acontece que o formaldeído está presente nos tapetes, couro e tintas de veículos. Já o benzeno está na borracha e também em algumas tintas. O problema é que essas substâncias cancerígenas podem vazar no ar e "pegar carona" na poeira.

"Esses produtos químicos são muito voláteis, movendo-se facilmente dos plásticos e têxteis para o ar que você respira", explicou o co-autor do estudo, David Volz, toxicologista ambiental da Universidade da Califórnia em Riverside, ao site IFLScience.

Na pesquisa, os especialistas calcularam a dose diária dos dois produtos químicos durante trajetos de 20 minutos ou mais diários. Eles descobriram que os participantes tinham pelo menos 10% de chance de inalar níveis suficientemente cancerígenos tanto do benzeno quanto do formaldeído.

Todavia, alguns fatores como ventilação, umidade, radiação solar e matérias-primas fazem isso variar. Em carros com bancos de tecido, por exemplo, havia menores concentrações de benzeno do que aqueles com assentos de couro.

"Pessoas que passam por longas viagens ao longo dos anos e, em alguns casos, décadas, provavelmente representam uma subpopulação vulnerável à exposição excessiva a produtos químicos veiculados por veículos", alertaram os pesquisadores no estudo.

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