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De Clodovil a Schumacher: quando celebridades ajudaram a vender carros

Fiat Stilo Schumacher Imagem: Divulgação

José Antonio Leme

do UOL, em São Paulo (SP)

20/02/2021 04h00

A associação entre grandes nomes do esporte, celebridades, automobilismo, entre outros, e veículos não é uma coisa nova. Nomes famosos emprestam seu prestígio para alavancar a venda de veículos ou para criação de séries especiais que tenha ligação com um público diferente do automotivo, por exemplo.

Claro, um dos exemplos mais emblemáticos era o Fiat Stilo Schumacher. O heptacampeão de Fórmula 1 emprestou seu nome para a então companhia mãe da Ferrari. A série especial criada para o Brasil, diferentemente do esperado, tinha como cor principal o amarelo e não o vermelho com o qual o piloto é comumente associado. Ele chegou a gravar um comercial dirigindo um Stilo no Brasil.

A lenda Sir Stirling Moss ficou conhecido como o "maior piloto a jamais vencer um título de Fórmula 1". Foram sete tentativas terminando em segundo ou terceiro o campeonato. Mas mesmo assim, o cavaleiro da realeza britânica recebeu a honraria de dar nome a uma série especial do Mercedes McLaren SLR. Foram 75 unidades sem teto ou para-brisa, tal qual a Mercedes com que ganhou a Mille Miglia.

Imagem: Divulgação/Newspress

No Brasil, os campeões Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet emprestaram seus nomes para carros já. Fittipaldi tem uma forte associação com a Chevrolet. Ele emprestou o "EF" ao Monza em 1990, o primeiro com injeção eletrônica e em 2011 ao Omega, que retornava ao mercado com o sobrenome Fittipaldi estampado nas laterais. Em 2017, ele emprestou o nome para um esportivo criado pela Pininfarina, o EF7 Gran Turismo. A proximidade com a GM não o impediu de assinar recentemente uma série especial do Kia Stinger no Brasil e estrelar um comercial nos EUA.

Piquet deu o nome a uma das séries mais concorridas do Corsa. Um facilmente identificável amarelo gris, tinha as rodas da versão esportiva GSI e saias. O visual esportivo não combinava com o motor, o 1.0 de 90 cv. Encomendada pela patrocinadora dele, a Arisco, foram produzidas apenas 120 unidades. A GM reeditou a série com o sucessor do Corsa, o Celta, mas o sucesso não foi o mesmo.

Imagem: Divulgação

Ayrton Senna, ainda que tardiamente deu o nome para o mais incrível McLaren de rua já produzido, o McLaren Senna. O esportivo de 800 cv e muita aerodinâmica, teve apenas 75 unidades produzidas e uma versão exclusiva de pista, o Senna GTR. O tricampeão deu nome também a duas versões de motos esportivas da Ducati, a 916 Senna e a 1199 Panigale Senna. A última foi anunciada mundialmente, mas vendida exclusivamente no Brasil.

Mundo da moda também anda de carro

Imagem: Divulgação

O mundo da moda teve também sua participação em versões especiais de carro. No Brasil, quem abriu as portas foi o estilista Clodovil Hernandes. Em parceria com a GM, fez uma série especial do Monza hatch. A série especial trazia malas de couro desenhadas por ele como parte do pacote.

Décadas mais tarde, a Citroën na ânsia de vender sua aura de marca premium ao mundo, fez uma série especial do hatch C3 com o também estilista Ocimar Versolatto. O revestimento do interior de couro combinava com uma bolsa criada por ele com o mesmo material. A versão base era a de topo na época, Exclusive. Na mesma linha, Giorgio Armani fez sua interpretação para uma série especial do novo Fiat 500, que é oferecido apenas com motorização elétrica.

Imagem: Divulgação

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