As acusações nas quais o 2º julgamento de impeachment de Trump se baseia
Washington, 25 Jan 2021 (AFP) - O segundo julgamento de impeachment contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump é baseado em um artigo, ou acusação, de "incitamento à insurreição" que surgiu do ataque de 6 de janeiro ao Congresso. Estabelecida pela Câmara dos Representantes, a acusação segue para o Senado nesta segunda-feira (25).
Ela nasce da campanha de dois meses de Trump para anular a vitória de Joe Biden na eleição presidencial de 3 de novembro, ao alegar sem evidências que houve uma enorme fraude.
Em 6 de janeiro, após um discurso de Trump perto da Casa Branca, milhares de seus apoiadores marcharam em direção ao Capitólio e invadiram o prédio, forçando os congressistas a fugir e interrompendo a sessão conjunta das duas casas para certificar a vitória de Biden.
A acusação de impeachment diz que, nos meses anteriores, Trump "repetidamente emitiu declarações falsas de que os resultados da eleição presidencial foram produto de fraude generalizada e não deveriam ser aceitos pelo povo americano ou certificados por autoridades estaduais ou federais".
O texto acrescenta que, em 6 de janeiro, Trump fez declarações "que, no contexto, encorajaram e previsivelmente resultaram em ações ilegais no Capitólio".
Trump "incitou" a multidão a deter a certificação da vitória de Biden e ameaçar o vice-presidente, membros do Congresso e agentes de segurança, provocando ferimentos e mortes, acrescenta.
A acusação também se coloca no contexto dos "esforços anteriores de Trump para subverter e obstruir" a vitória de Biden.
Cita ainda uma ameaça que Trump fez ao secretário de Estado da Geórgia em uma chamada telefônica de 2 de janeiro, em que pedia que "encontrasse" votos suficientes para anular o resultado das eleições no estado, onde Biden venceu.
"Com tudo isso, o presidente Trump pôs em sério risco a segurança dos Estados Unidos e de suas instituições de governo", indica.
"Ele ameaçou a integridade do sistema democrático, interferiu na transição pacífica de poder e colocou em risco um ramo coigual do governo. (...) Assim, ele traiu sua confiança como presidente", prejudicando o país.
pmh/ec/mps/yow/ic/am
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.