Milhares de espanhóis saem às ruas para protestar contra medidas para conter a Covid-19
Eles denunciam uma "enganação" por parte das autoridades ou até mesmo "a invenção de um vírus": milhares de espanhóis saíram às ruas de Madri no sábado (23) para protestar contra as medidas do governo para barrar a propagação da Covid-19.
Eles denunciam uma "enganação" por parte das autoridades ou até mesmo "a invenção de um vírus": milhares de espanhóis saíram às ruas de Madri no sábado (23) para protestar contra as medidas do governo para barrar a propagação da Covid-19.
Aos gritos de "Liberdade!" e em um clima hostil à imprensa que cobria a manifestação, a maioria dos participantes do ato não usava máscara, apesar de ser obrigatória. Eles marcharam da estação Atocha até a Plaza Colon, no centro da capital espanhola, para denunciar restrições que consideram exageradas.
"As pessoas precisam abrir os olhos, ter menos medo e se dar conta que a Covid-19 é apenas uma gripe forte. É preciso esperar que ela passe e só", declarou uma das participantes do ato, Milagros Solana, de 71 anos. Segundo ela, "a mortalidade é inferior em relação aos anos anteriores".
No entanto, a Espanha registra mais de 55 mil mortos e 2,5 milhões de contaminações. O país é atualmente palco de uma terceira onda da doença que tem resultado em uma média de 400 mortos por dia.
Manifestantes também exibiram fotos de supostos hospitais vazios, alegando que o governo estaria mentindo à população. Segundo as autoridades sanitárias espanholas, mais de um terço dos leitos nas UTIs estão atualmente ocupados por pacientes contaminados pelo coronavírus. Vários hospitais se viram obrigados a liberar vagas, transferindo doentes para outros locais, devido ao aumento de entradas de pessoas infectadas pela Covid-19.
Festas de fim de ano resultaram no aumento de contágios
Segundo as autoridades de saúde, as festas de fim de ano resultaram em um forte aumento das contaminações por Covid-19 na Espanha. "Complicado. Horrível. Desastroso. Desolador. Aterrorizante": é desta forma que o jornal espanhol El País descreve a crise sanitária agravada pela proliferação da variante britânica do vírus.
Na última quinta-feira (21), o país registrou o recorde de 44.357 novos casos em 24 horas. A situação levou a região de Madri a decretar novas restrições na sexta-feira (22), como o avanço do toque de recolher para 22h e o fechamento de hotéis e comércios não essenciais a partir das 21h.
As medidas foram contestadas por uma parte da população. Os manifestantes também criticam a estratégia de vacinação colocada em prática no final do ano. Na semana passada, as autoridades anunciaram uma desacelaração da imunização devido à diminuição de doses enviadas ao país pela Pfizer/BioNTech.
(Com informações da AFP)
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