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Lombardia e governo italiano trocam acusações sobre erro em dado

24/01/2021 11h41

MILÃO, 24 JAN (ANSA) - A região da Lombardia e o governo nacional trocaram acusações neste sábado (23) pela divulgação dos dados epidemiológicos do novo coronavírus Sars-CoV-2 que colocaram erroneamente o território italiano na fase vermelha da pandemia, a mais restritiva.

Na última semana, a região mais rica e produtiva da Itália foi forçada a fechar a maioria dos estabelecimentos comerciais e seguir restrições semelhantes às do lockdown imposto no país no início da pandemia de Covid-19.

A medida foi tomada após as informações sobre o vírus evidenciarem um índice de transmissão (Rt) superior a 1,4 na região, quando na verdade era inferior a 1. Após a descoberta do erro, o ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, voltou atrás e afrouxou as regras sanitárias.

O embate político, no entanto, ocorre porque a pergunta crucial ainda não foi respondida: de quem é a culpa?. Ontem (23), Speranza afirmou que foi a Lombardia que apresentou os dados errados, bagunçando os cálculos do Instituto Superior de Saúde (ISS).

A Itália faz o cálculo dos índices de transmissão utilizando uma série de dados, incluindo o número de casos sintomáticos, assintomáticos, e as taxas de ocupação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em um comunicado, o Ministério da Saúde relata que a decisão de voltar a Lombardia para a fase laranja foi "tomada com base nas informações retificadas desses dados feita pela região e certificada pela sala de controle.

Por sua vez, o governo lombardo, que tem sido duramente criticado pela gestão da pandemia, rebateu Roma e reiterou que "nunca se enganou ao dar os dados e nunca os corrigiu", apenas realçou algumas informações "a pedido do ISS".

"Eles queriam que disséssemos que foi nosso erro, mas não foi.

Jamais concordarei em dizer que houve um erro nos dados que enviamos ", disse o governador Attilio Fontana durante entrevista coletiva.

Fontana ainda afirmou que manterá uma ação movida no Tribunal Administrativo do Lazio contra o governo pela medida de bloqueio do território e ressaltou que pedirá explicitamente às autoridades o montante equivalente ao prejuízo de todos os comerciantes que foram forçados a fechar.

Segundo dados da Confederação de Comerciantes da Itália (Confcommercio), a estimativa é de que as lojas de Milão registraram um prejuízo de cerca de 100 milhões de euros em receitas. (ANSA)

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