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Mendonça desvia foco ao mandar investigar advogado, diz presidente da OAB

O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça requisitou inquérito contra advogado por falas críticas ao presidente Jair Bolsonaro; presidente da OAB vê uma mudança de foco para tirar a condução da pandemia do foco  - Dida Sampaio / Estadão Conteúdo
O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça requisitou inquérito contra advogado por falas críticas ao presidente Jair Bolsonaro; presidente da OAB vê uma mudança de foco para tirar a condução da pandemia do foco Imagem: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo
do UOL

Do UOL, em São Paulo

21/01/2021 15h34

O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, afirmou que o ministro da Justiça, André Mendonça, ao requisitar inquérito com base na Lei de Segurança Nacional para investigar o advogado Marcelo Feller, buscar atingir quem se manifesta de forma crítica ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ainda questionou a investigação dizendo que ela serve para desviar o foco diante do "descalabro" na condução da pandemia.

"No momento em que o país soma mais de 212 mil vidas perdidas, a preocupação demonstrada pelo governo é intimidar e tentar calar os que apontam seus erros no lugar de salvar vidas, suprir oxigênio nos hospitais e viabilizar a vacinação de todos", ratifica Santa Cruz em nota oficial.

Feller, enquanto era comentarista do quadro "O Grande Debate" da CNN Brasil, em julho de 2020, afirmou que Bolsonaro era responsável por 10% das mortes pela covid-19 no país.

De acordo com informações da Folha de S.Paulo, o pedido de Mendonça entregue à Polícia Federal, a acusação feita por Feller pode "lesar ou expor a perigo de lesão" o regime democrático e o "próprio presidente da República".

"Com a tentativa de criminalizar os críticos, o ministro extrapola suas funções, desvia o foco dos verdadeiros responsáveis pelo descaso com a saúde dos brasileiros e desrespeita princípios caros ao Estado Democrático de Direito, como a liberdade de expressão", conclui Santa Cruz.

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