Líderes da direita italiana pedem novas eleições para presidente
Chamado de "bloco da centro-direita", o vice-presidente do Força Itália, partido de Silvio Berlusconi, Antonio Tajani, e dos ultranacionalistas Liga, Matteo Salvini, e Irmãos da Itália (FdI), Giorgia Meloni, se reuniram por cerca de uma hora com o mandatário e publicaram uma nota oficial sem dar muitos detalhes das conversas.
"Matteo Salvini, Giorgia Meloni e Antonio Tajani manifestaram ao presidente da República, em nome de toda a centro-direita, a grande preocupação sobre a condição da Itália: enquanto as emergências sanitária e econômica recaem sobre as famílias e empresas, o voto da terça-feira certificou a inconsistência sobre a maioria. É convicção para a centro-direita que com esse Parlamento será impossível trabalhar", diz o comunicado citando as votações da semana.
Ao fim, os representantes afirmam que tem "confiança na sabedoria" de Mattarella para resolver a situação.
Em um vídeo publicado pela Liga, Salvini foi menos vago e afirmou que "não se pode continuar assistindo a compra e venda de senadores, de um governo sem ideias, sem visão e sem maioria" e que, por isso, pediram por novas eleições. "Nós confiamos só nos italianos. Melhor investir dois meses de tempo dando a palavra aos italianos e depois trabalhar pelos próximos cinco anos tranquilos", acrescentou.
Na terça-feira (19), Conte obteve maioria (156 a 140) para permanecer no cargo de primeiro-ministro do país. No entanto, a vitória só foi possível porque o partido de Matteo Renzi, Itália Viva, se absteve. O ex-premiê, inclusive, foi quem promoveu toda a crise política ao anunciar sua saída da base aliada governamental.
Apesar de ser a minoria na comparação com o Movimento Cinco Estrelas (M5S), o Partido Democrático (PD) e com outras pequenas siglas de esquerda, o IV era fundamental para a coalizão vencer no Senado.
Já os partidos de direita e extrema-direita devem representar a maioria dos votos dos italianos, segundo as últimas pesquisas de opinião. No entanto, alguns conservadores mais moderados - especialmente do FI - são contrários à realização de novas eleições por conta da segunda onda da Covid-19 que afeta a Itália. (ANSA).
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