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Dólar fecha em queda de 0,63%, a R$ 5,312; Bolsa tem baixa de 0,82%

do UOL

Do UOL, em São Paulo

20/01/2021 17h26Atualizada em 20/01/2021 18h44

O dólar comercial fechou hoje (20) em queda após três dias de alta. A moeda norte-americana caiu 0,63% ante o real, cotado a R$ 5,312 na venda.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ontem (19) o dólar comercial fechou com valorização de 0,77%, vendido a R$ 5,346.

Já o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em baixa hoje (20). O índice teve queda de 0,82% aos 119.646,40 pontos. Foi o menor patamar desde o dia 6 de janeiro, quando o índice atingiu 119.100,08 pontos.

As ações da B2W lideraram os ganhos na Bolsa, com 8,53% de alta. Na outra ponta, os papéis da Embraer caíram 3,27%.

Ontem (19), o índice caiu 0,50% aos 120.636,39 pontos.

Os agentes do mercado voltaram as atenções ao exterior. Segundo o Bradesco, a expectativa de investidores é que o novo presidente dos EUA, Joe Biden, apresente ao Congresso, ainda nos primeiros dias de governo, sua proposta para um pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão, num momento em que a economia norte-americana dá sinais de perda de vigor.

Mais estímulos nos EUA significam mais liquidez que pode migrar para mercados de maior risco, como o Brasil, estimulando entrada de dólares e potencialmente baixando o preço da moeda.

Investidores também estavam no aguardo da sinalização do Banco Central sobre os rumos da Selic, com muitos no mercado contando que o BC retirará do comunicado a promessa de manter os juros caso certos critérios sejam respeitados.

O entendimento é de que esse seria o primeiro passo para se vislumbrar alta da Selic, o que poderia dar algum suporte ao câmbio. Segundo analistas, um dos motivos para a pressão sobre o real é o juro em patamar muito baixo, que deixa a moeda mais vulnerável.

Conforme pesquisa do Bank of America, o real é a maior aposta entre as moedas da América Latina que terão desempenho superior nos próximos seis meses. Ainda de acordo com a sondagem, a deterioração fiscal é o principal risco citado em relação ao Brasil, concentrando 72% das respostas.

Além disso, na cena nacional, o mercado tem monitorado com atenção a campanha por eleição na Câmara e no Senado para calcular riscos de nova pressão por mais gastos, que também podem vir de dentro do próprio governo, piorando o quadro fiscal brasileiro.

(Com Reuters)

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