Honda cede cilindros de oxigênio e paralisa produção de motos em Manaus
A triste situação da pandemia de covid-19 na capital amazonense obrigou a Honda a suspender a produção de motos nesta sexta-feira (15 de janeiro) como medida emergencial. A fábrica não irá funcionar apenas hoje, segundo a assessoria de imprensa da empresa.
A Honda já havia suspendido a produção de motos em Manaus (AM) por cerca de dois meses, entre abril e maio, também em função do novo coronavírus. Com o aumento de casos neste início de ano, a diretoria da empresa se reúne hoje para decidir se haverá ou não uma nova paralisação.
Ontem, o secretário estadual de Saúde do Amazonas, Marcellus José Barroso Campêlo, apresentou uma notificação extrajudicial na qual requisitou "eventual estoque ou produção de oxigênio" para pacientes internados com a covid-19. A notificação foi endereçada a 11 empresas, dentre elas a Yamaha e a Honda, e também algumas fábricas de bicicletas, como a Caloi.
Entretanto, a Honda afirma que doou voluntariamente cilindros de oxigênio para o sistema de saúde local e a paralisação de hoje não tem relação com a requisição feita pela secretaria estadual.
A interrupção foi motivada pelo aumento de casos na capital amazonense, onde estão localizadas praticamente todas as fábricas de motocicletas do País.
Produção será comprometida, diz Yamaha
Consultada, a Yamaha afirmou que também paralisou a produção de motos hoje (15 de janeiro) em função da crise do coronavírus, que atinge a capital amazonense.
Em relação ao oxigênio requisitado pela secretaria estadual de Saúde do Amazonas, a empresa diz que o oxigênio normalmente utilizado nos processos produtivos não serve para o uso hospitalar. Mas foram disponibilizados dois cilindros disponíveis no ambulatório da fábrica. Entretanto, não foram retirados pela secretaria.
Segunda maior fábrica de motos do País, a Yamaha afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a produção deverá ser comprometida pelas medidas restritivas tomadas em função da situação crítica da pandemia em Manaus.
Como o governador Wilson Lima decretou toque de recolher das 19h às 6h, o turno dos funcionários terá de ser reduzido. Segundo a empresa, isso se faz necessário para que os colaboradores possam se locomover entre suas casas e a planta fabril. Nesse horário, os transportes públicos não funcionarão e a circulação de pessoas está proibida.
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