Em meio a crise, premiê da Itália se reúne com presidente
Agora sem maioria no Senado, Conte pode se submeter a um novo voto de confiança no Parlamento para seguir no cargo ou então renunciar.
O centrista Itália Viva (IV), partido de Renzi, rompeu com o governo por discordar de suas políticas para a gestão de repasses do fundo de recuperação da União Europeia para o pós-pandemia. Além disso, o ex-premiê critica as estratégias de comunicação de Conte e a lentidão em projetos de infraestrutura.
As duas ministras do IV, Teresa Bellanova (Agricultura) e Elena Bonetti (Família), entregaram seus cargos na última quarta-feira (13). "Existe uma dramática emergência a ser enfrentada, mas isso não pode ser o único elemento que mantém o governo vivo", disse Renzi, em referência à pandemia do novo coronavírus.
Já nesta quinta (14), a coalizão de direita liderada pelo senador Matteo Salvini, ex-aliado de Conte, divulgou uma nota cobrando que o primeiro-ministro vá ao Parlamento para oficializar a crise.
"A Itália, o Parlamento e o presidente da República merecem respeito. A situação é dramática, e Conte não pode fingir que nada está acontecendo", diz o comunicado.
Por sua vez, o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), principal fiador de Conte, garantiu que o premiê se pronunciará em breve. "A crise certamente será parlamentarizada, e o movimento está mais unido do que nunca", afirma uma nota da sigla.
O primeiro-ministro também conta com o apoio do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, e de legendas nanicas do campo progressista. No entanto, para continuar no poder, terá de atrair o voto de confiança de possíveis dissidentes no Itália Viva ou na oposição conservadora. (ANSA).
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