Berlusconi é internado em Mônaco com arritmia cardíaca
MILÃO, 14 JAN (ANSA) - O ex-primeiro-ministro da Itália e eurodeputado Silvio Berlusconi, de 84 anos, foi internado em um hospital de Mônaco devido a uma arritmia cardíaca.
A notícia foi confirmada à ANSA pelo médico pessoal do ex-premiê, Alberto Zangrillo.
"Na segunda-feira [11], fui de urgência ao sul da França, onde o presidente mora temporariamente, devido a um agravamento e determinei a internação em Mônaco porque não achei prudente fazer o transporte para a Itália", disse.
Segundo Zangrillo, Berlusconi tem um "problema cardíaco arritmológico". O ex-primeiro-ministro está internado no Centro Cardiotorácico de Mônaco, hospital especializado em doenças cardiovasculares.
Berlusconi passou boa parte dos últimos meses em Valbonne, cidade situada a 65 quilômetros da fronteira italiana e a 53 quilômetros de Mônaco.
Em função da internação, o Tribunal de Siena adiou para 8 de abril uma audiência do processo "Ruby ter" - no qual o ex-premiê é réu por corrupção em atos judiciários - que aconteceria nesta quinta-feira (14).
Berlusconi é acusado de subornar Danilo Mariani, pianista que participava de suas festas (apelidadas de "bunga-bunga"), para induzi-lo a prestar falso testemunho sobre noitadas com prostitutas.
O Ministério Público de Siena já pediu para o tribunal condenar o ex-primeiro-ministro a quatro anos e dois meses de prisão. No ano passado, Berlusconi conseguiu o adiamento de diversas audiências de um processo semelhante em Milão por "motivos de saúde".
Ele chegou a ser internado com Covid-19 em setembro e disse que a doença foi a "prova mais perigosa" de sua vida. O caso "Ruby ter" tem desmembramentos em Milão, Roma, Turim, Pescara, Treviso e Monza e nasceu do processo "Ruby", no qual o ex-primeiro-ministro foi absolvido dos crimes de prostituição de menores e abuso de poder.
O nome faz referência à modelo ítalo-marroquina Karima el Mahroug, a Ruby, pivô do escândalo sexual que abalou a imagem de Berlusconi. Em todos os desmembramentos, o líder conservador é acusado ou suspeito de manipular o depoimento de testemunhas para escapar de condenações.
O ex-premiê já foi condenado em última instância por fraude fiscal, pena descontada com um ano de serviços sociais, e hoje é deputado do Parlamento Europeu. (ANSA).
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