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Maioria das vacinas da Moderna será reservada para os Estados Unidos

04/12/2020 06h11

A Moderna espera disponibilizar entre 100 e 125 milhões de doses de sua vacina contra a Covid-19 no primeiro trimestre de 2021. A empresa anunciou, nesta quinta-feira (3) que, no início, entre 85 e 100 milhões de doses serão reservadas para os Estados Unidos.

O laboratório também reafirmou que 20 milhões de vacinas estarão disponíveis nos EUA até o final deste ano. A Moderna vem preparando a cadeia de abastecimento com a administração Donald Trump há meses para garantir a distribuição da vacina logo após a aprovação pela FDA, a Agência Americana de Medicamentos.

Para todos os países fora dos Estados Unidos que vão adquirir a vacina, como a França, a produção será realizada na Suíça, nas fábricas do grupo Lonza.

As autoridades americanas planejam distribuir um total de 40 milhões de doses até o final do ano no país, incluindo aquelas produzidas pela parceira entre as empresas Pfizer e BioNTech. A expectativa é de que cerca de 20 milhões de pessoas sejam vacinadas até o final de 2020, já que o produto é administrado em duas doses.

A Moderna solicitou autorização da FDA e do comitê consultivo da agência, que está revisando todos os dados do ensaio clínico e se reunirá para debater os resultados em 17 de dezembro. A permissão para a distribuição da vacina é esperada logo em seguida. A reunião da FDA para revisar a vacina Pfizer- BioNtech, que foi aprovada na quarta-feira (2) no Reino Unido, acontecerá no dia 10 de dezembro.

Imunização vai levar tempo

A imunização dos americanos contra a Covid-19 "vai levar tempo", até mesmo para os 100 milhões de americanos que sofrem de outras patologias", declarou nesta quinta-feira (3) Deborah Birx, coodenadora da luta contra a doença na Casa Branca."Serão necessárias semanas, inclusive meses, até que os mais vulneráveis sejam imunizados", disse após uma reunião com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e com o presidente da Assembleia Geral, Volkan Bozkir.

A conselheira não informou se continuará trabalhando com o presidente eleito, Joe Biden, quando ele assumir o cargo, e insistiu na necessidade de se seguir cumprindo as regras para limitar a propagação do vírus: "Sabemos como mudar o curso desta pandemia. Vimos como a Europa recorreu a métodos claros de limitação. Estão em vigor em alguns estados, mas não o suficiente em outros."

Os Estados Unidos registram mais de 276 mil mortos pela Covid-19 desde março, segundo a Universidade Johns Hopkins.

100 dias de máscara

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (3) que pediu ao principal especialista em doenças infecciosas do governo americano, Anthony Fauci, que permaneça no cargo e se junte à nova administração. 

"Eu também pedi que fosse meu principal assessor médico e fizesse parte da equipe Covid", completou o democrata. Biden disse ainda que em seu primeiro dia de mandato pedirá aos americanos que usem máscaras faciais por 100 dias para ajudar a reduzir a transmissão do vírus, que está em alta novamente nos Estados Unidos, país com o maior número de mortes e infecções no mundo.

 "Vou pedir às pessoas que usem máscaras por 100 dias. Apenas por 100 dias, não para sempre", disse Biden em um trecho da entrevista transmitida pela CNN nesta quinta-feira.

 

 

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