Protesto perto do Palácio dos Bandeirantes marca 1 ano das mortes em Paraisópolis
Redação O Estado de S. Paulo
São Paulo
02/12/2020 09h09
O grupo levou flores, cartazes e balões para o ato.
O principal inquérito do caso, conduzido pela Polícia Civil, ainda não foi concluído, mas o Ministério Público Estadual já antecipou que enxerga culpa de parte dos policiais militares que atuaram no caso.
Os nove jovens foram pisoteados após a polícia atuar para dispersar o baile da DZ7 na comunidade de Paraisópolis.
Esse pancadão, na época, costumava reunir entre 3 mil e 5 mil pessoas nos fins de semana.
Os agentes dizem que perseguiam um suspeito e foram alvo de disparos.
A ação causou tumulto e levou as vítimas para duas vielas da comunidade, onde as pessoas se aglomeraram.
Testemunhas relatam truculência na ação policial, o que teria colaborado para aumentar o tumulto e dificultar a dispersão pelas ruas estreitas do local.
A principal investigação do caso é conduzida desde dezembro pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil.
Em nota enviada na segunda-feira, 30, a Secretaria da Segurança Pública informou que a apuração segue em andamento, sob sigilo, "com o cumprimento de solicitações feitas pela promotoria".
A pasta disse também que os policiais envolvidos seguem afastados do serviço operacional. Trinta e um deles haviam sido afastados pouco tempo depois da ocorrência.