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Operação da PF mira quadrilha que levava brasileiros ilegalmente aos EUA

Viatura da Polícia Federal -
Viatura da Polícia Federal
do UOL

Elisângela Baptista

Colaboração para o UOL, em Juiz de Fora (MG)

02/12/2020 10h53

A Polícia Federal cumpriu, na manhã de hoje, três mandados de busca e apreensão em Caratinga e Tarumirim, região leste de Minas. As ações fazem parte da operação denominada "Lei do Retorno" que combate a entrada ilegal de brasileiro no exterior promovida por uma associação criminosa sediada na região de Caratinga/MG.

De acordo com as investigações, os suspeitos agiam com o objetivo de obter vantagem econômica e estariam facilitando a entrada clandestina e, em massa, de brasileiros nos Estados Unidos. Por meio de diligências, policiais federais que representam o Brasil em Washington, em parceria com autoridades policiais norte-americanas, chegaram à identificação dos agenciadores e à constatação da precariedade a que as vítimas eram subordinadas.

Segundo as informações obtidas durante a inspeção, os brasileiros eram submetidos a condições degradantes durante a imigração e desembolsavam entre US$ 15 e US$ 18 mil dólares (R$ 79 mil a R$ 94 mil) pela logística da viagem - passagens aéreas, hospedagens, transportes terrestres e contratação, em solo mexicano, dos guias denominados coiotes, responsáveis pela travessia da fronteira com os EUA.

Em agosto deste ano, um brasileiro de Tarumirim (MG), foi preso pela Polícia de Fronteira dos EUA por ingresso ilegal e enviado de volta ao México. Depois de 11 dias, o homem foi encontrado morto em área da fronteira entre El Paso e Texas. Uma das linhas investigativas considera a hipótese de que o homicídio decorreu da impossibilidade de arcar com dívidas assumidas junto aos coiotes, parceiros dos agenciadores da região de Caratinga.

Se condenados, os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa e de promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de brasileiro em país estrangeiro, cujas penas somadas podem chegar a mais de nove anos de reclusão.

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