Premiê da Itália irá impor medidas 'pontuais' no Natal
"O período de Natal exige medidas pontuais. Caso contrário, corremos o risco de repetir o Ferragosto e não podemos pagar por isso", explicou em entrevista ao canal La7, lembrando que o principal feriado da Itália, que representa o pico das férias de verão, virou motivo de preocupação, já que milhares de pessoas viajaram e se aglomeraram. Segundo Conte, os italianos não poderão desfrutar de "férias indiscriminadas na neve" no Natal, principalmente os passeios em teleféricos, e por isso seu governo está trabalhando em um protocolo europeu comum, junto com o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
"Não é possível permitir férias na neve. Não podemos permitir isso", reforçou, acrescentando que "não é possível autorizar todas as ocasiões de convívio típicas da época natalina".
Conte ainda explicou que, se a tendência de contágios continuar desacelerando, no final do mês não haverá mais nenhuma região classificada como "zona vermelha", o que permitirá o deslocamento entre as áreas. No entanto, o Natal exigirá medidas restritivas pontuais.
O premiê italiano esclareceu mais uma vez que a Itália não pode cometer erros na administração da segunda onda da pandemia. Nos últimos dias, inclusive, ele já havia afirmado que neste ano o Natal será "mais sóbrio".
Apesar disso, "um estado livre e democrático não pode entrar nas casas e dizer quantas pessoas se sentam à mesa. Queremos diminuir a sociabilidade mas permitir a tradição que nos é tão cara dos presentes", explicou Conte, revelando que tentará "expandir" o horário de funcionamento de lojas para garantir a troca de presentes.
A expectativa é de que um novo decreto com regras contra a Covid-19 seja anunciado para substituir o que irá expirar no próximo dia 3 de dezembro. O governo também espera retomar as aulas antes das festividades.
Economia e Vacina - Durante a entrevista nesta noite, Conte explicou que o governo italiano alocou mais 2 bilhões de euros e ainda espera um déficit de 8 bilhões de euros para auxiliar as empresas e comércios, porque sabe o quanto vale o Natal.
"Continuaremos a intervir pelos trabalhadores que ficaram de fora da primeira intervenção, também com decretos para as cidades turísticas. Devemos intervir a favor da cultura, do entretenimento e do turismo e vamos intervir também a título do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) e do trabalhador independente", explicou.
Em relação à obrigatoriedade das vacinas, o político italiano afirmou que "não há orientação" para obrigar as pessoas se vacinarem, mas recomendaria. A expectativa é que um imunizante fique pronto a partir do final de janeiro para ser distribuído primeiro para vulneráveis e equipes médicas.
O premiê também informou que o Conselho Europeu de dezembro será decisivo para chegar a um acordo sobre o Fundo de Recuperação, tendo em vista um veto político da Polônia e da Hungria.
"Esse é o obstáculo. Mas há um grande senso de responsabilidade e espero que os países que vetaram o Estado de direito revejam a sua posição. É justo que o façam, porque senão vão prejudicar as suas próprias economias", finalizou. (ANSA)
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